A candidata à Presidência da República pelo PSB, Marina Silva, afirmou
nesta quarta-feira, em entrevista ao Jornal Nacional, que "assim como
todos os brasileiros", aguarda a conclusão da investigação da PF sobre a
suspeita de ilegalidade na compra do jato que caiu e matou o então
candidato Eduardo Campos. Durante a entrevista, a candidata questionou o
conhecimento dos entrevistadores sobre sua trajetória e disse que eles
estavam "mostrando apenas um lado da moeda".
Perguntada por William Bonner se não procurou saber a
origem do avião antes de usá-lo, Marina afirmou, "nós tínhamos
uma informação de que era um empréstimo, que seria feito até o final da
campanha para o comitê financeiro do candidato e que seria ressarcido no
final". Ela disse ainda que "não tinha nenhuma informação quanto a
qualquer ilegalidade referente à postura dos proprietários do avião". A
PF investiga o suposto uso de laranjas na compra do avião.
Questionada se o discurso de que não sabia de
irregularidades não é o mesmo usado pelos políticos a quem atribui a
"velha política", ela falou que "esse é o discurso que eu tenho
utilizado para todas as situações (de buscar a verdade)".
Quando Patrícia Poeta perguntou o porquê de na eleição
de 2010, quando também saiu candidata a presidente, ter ficado em
terceiro lugar em seu colégio eleitoral de origem, o Acre, Marina
iniciou sua resposta provocando a entrevistadora, "talvez você não
conheça bem a minha trajetória", ao que Patrícia respondeu, "conheço
muito bem".
Em outro momento, questionada se a aliança com seu vice,
Beto Albuquerque, que quando deputado federal defendeu lei favorável à
produção de alimentos trangêncios, não significava a "velha política", a
candidata disse que o apresentador estava "mostrando só um lado da
moeda". Em seguida Marina afirmou: "há uma lenda de que eu sou contra os
trangênicos. Isso não é verdade. Eu defendia um modelo de coexistência"
e citou outros debates e votações em que, quando senadora, concordou
com o posicionamento de seu vice.
Do site Terra
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