O rio Piranhas-Açu tem metade do volume d’água registrado para o período (Foto: Reprodução)
Assim como outros reservatórios, o rio Piranhas-Açu apresenta baixo
volume de água, realidade que afeta os municípios de Jardim de Piranhas,
Timbaúba dos Batistas, São Fernando e parte de Caicó. A Companhia de
Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (CAERN) alerta a população dessas
cidades para necessidade de evitar o desperdício e priorizar a economia
de água enquanto persistir a situação.
Para se ter uma ideia, por causa desta situação, o abastecimento de
água de Caicó está temporariamente sendo realizado somente pelo açude
Itans, o que representa 50% do abastecimento total. O motivo é que, além
da seca, com a baixa precipitação para abastecer o rio Piranhas-Açu, a
alimentação hídrica do rio, que se dá pelo complexo Complexo Curema-Mãe
D’água, nascente na Paraíba, está comprometida em função de um
barramento de vegetação.
Este barramento, na altura do rio Piancó, está interferindo no fluxo
hídrico da água para o rio Piranhas-Açu. A Agência Nacional de Águas
(ANA), responsável pela gestão destas águas, tentou inicialmente uma
intervenção manual para retirada desta vegetação, sem sucesso. O serviço
vem sendo realizado pelo Dnocs/Cest-PB desde 13 de outubro passado.
A limpeza mecanizada, por meio de retroescavadeira, somente será
possível após significativo avanço na limpeza manual, o que não ocorreu
até o momento, pelas condições técnicas e naturais apresentadas. “Fomos
informados pela ANA que isto pode demorar, por isso é importante que a
população faça a sua parte, economizando”, ressalta Bruno Medeiros,
chefe da unidade de água em substituto de Caicó.
O rio Piranhas-Açu encontrava-se no início da semana com um volume de
43 centímetros, quando o normal é aproximadamente 86 centímetros. Por
causa disso, a Caern teve que desativar uma das duas bombas que retiram
água do rio, mantendo o volume disponível pelo máximo de tempo possível.
Orientações
Dentre as principais dicas para economizar água, estão evitar lavar
louça, cabelos ou escovar os dentes com a torneira ou o chuveiro aberto.
Também evitar “varrer” a calçada com a água da mangueira e, ainda,
verificar a ocorrência de vazamentos nas instalações internas do imóvel,
como torneiras e caixa de descarga.
Do Jornal Gazeta do Oeste
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