quinta-feira, 9 de abril de 2015

“Legenda que surgirá da fusão de DEM e PTB será de oposição a Dilma”, afirma José Agripino

José Agripino diz que fusão fortalecerá bancada de oposição a Dilma (foto: Wellington Rocha)
José Agripino diz que fusão fortalecerá bancada de oposição a Dilma (foto: Wellington Rocha)

Prego batido e ponta virada. As Executivas nacionais do DEM e do PTB decidiram sacramentar a fusão, que deverá ocorrer nos próximos seis meses. O DEM já autorizou oficialmente a composição partidária. Apesar de parlamentares governistas do PTB rejeitarem a ideia, a sigla irá anunciar a autorização para a operação nos próximos dias.

De acordo com o senador José Agripino Maia, presidente nacional do DEM, a nova legenda, que engloba o nome do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) com o número 25, do Democratas, será de oposição ao governo Dilma Rousseff (PT). “Essa fusão vai fortalecer a oposição, que deixará de ter um partido com 21 parlamentares para poder chegar até 46″, avaliou, nesta quinta-feira (9), em entrevista ao portalnoar.com.

O democrata disse que governistas como o senador Fernando Collor de Melo (PTB) não deverão compor a nova sigla, que almeja ter a quarta maior bancada da Câmara Federal, ficando atrás apenas de PMDB, PT e PSDB. Isso significa que também terá o quarto maior tempo de rádio e televisão.
Agripino explicou que, apesar de a fusão já estar acertada, os passos para a formalização vão ocorrer progressivamente. “No momento certo, iremos discutir a formalização estatutária, que irá ser composta com a ideologia dos dois partidos. É um passo mais a frente. O que já é certo é que seremos oposição ao governo do PT”, reforçou.

O presidente nacional do DEM destacou ainda que o novo partido poderá surgir ainda mais forte do que se espera, caso o Congresso derrube veto da presidente Dilma à Lei Eleitoral que permite a filiação de parlamentares de outras legendas a uma sigla que surja do processo de fusão. “Vamos trabalhar pela derrubada do veto para que possamos receber mais adesões”, disse.

A união do DEM com o PTB afasta da nova legenda também o ministro de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, além de Collor e deputados que fazem parte da base de Dilma. A agremiação terá um direcionamento ideológico que unirá a defesa dos trabalhadores com as ideias do liberalismo.

Questionado sobre a resistência do líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado, para a fusão, José Agripino minimizou a divergência. “Já me reuni com o senador Caiado, um excelente quadro do nosso partido. Ele entendeu que a fusão vai fortalecer nossa oposição. Ele inclusive é um nome que tem todo o potencial para ser candidato a presidente da república”, finalizou.

Do Portal No Ar

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