A presidente Dilma Rousseff anunciou nesta terça-feira (19) a
complementação do programa Bolsa Família para incluir 2,5 milhões de
beneficiários, que ainda permaneciam em situação de extrema pobreza, a
partir de março deste ano.
Com a ampliação do plano Brasil Sem Miséria, o
governo federal pretende tirar um total de 22 milhões de pessoas da
extrema pobreza.
Os recursos para a medida somam R$ 733 milhões.
Segundo critério adotado pelo governo federal, os brasileiros que vivem
com renda mensal abaixo de R$ 70 estão na linha da extrema pobreza. Já a
renda considerada pelo governo para a linha da pobreza é de R$ 70 até
R$ 140 mensais.
Para alcançar essas 2,5 milhões de pessoas, que, segundo cálculos do
Ministério do Desenvolvimento Social, correspondem a 700 mil famílias
miseráveis ainda não estão cadastradas, numa média de 3,6 pessoas por
família, o governo vai investir na busca por essas pessoas para que
sejam contempladas em programas sociais como o Bolsa Família, Minha Casa
Minha Vida e Luz para Todos.
"Não estamos dizendo aqui que não haja nenhum brasileiro ou brasileira
extremamente pobre. Infelizmente ainda existem, é necessário
encontrá-los e incluí-los para que recebam o beneficio que têm direito.
Por isso, a gente fala em busca ativa, o Estado deve ir atrás, não deve
esperar que esses brasileiros batam à nossa porta para que nós os
encontremos", afirmou.
Até agora, o plano fez com que 19,5 milhões de pessoas miseráveis
inscritas no Cadastro Único no início de 2011 saíssem da miséria.
O
Cadastro Único reúne informações obtidas pelas prefeituras dos mais de
5,5 mil municípios do país, que são responsáveis pela localização dos
pobres e pelo preenchimento dos formulários que alimentam o sistema do
governo federal.
A medida, antecipada pelo Ministério do Desenvolvimento Social e
Combate à Fome (MDS), foi anunciada em cerimônia no Planalto.
"O Brasil
Sem Miséria é hoje o plano social mais focado, mais amplo e mais moderno
no mundo. Ele segue cada vez mais vigoroso, produzindo resultados
através de seus eixos, de garantia de renda, de inclusão produtiva e de
acesso aos serviços públicos", declarou Dilma.
Dilma também afirmou que o modelo de desenvolvimento do Brasil não é
compreendido por correntes conservadoras que "quase empurram o mundo
para o abismo da crise financeira".
"Não estamos apenas conseguindo superar a miséria no nosso país, como
exportando para o mundo uma tecnologia social capaz de enfrentar a fome,
de combater a miséria e de diminuir a desigualdade. Um fato que nos
distingue hoje no mundo e nos diferencia entre as nações", afirmou.
A erradicação da pobreza extrema no Brasil é uma promessa eleitoral da
presidente e, caso seja efetivamente alcançada, deve ser um dos motes da
sua campanha à reeleição em 2014.
A presidente fez questão de ressaltar a importância do programa Bolsa
Família, criado no governo Lula e aperfeiçoado ao longo dos últimos 10
anos.
"Só pode celebrar um feito dessa magnitude um país que teve a
capacidade e a competência anterior de construir a tecnologia social
mais avançada do mundo. Um país só pode tirar 36 milhões de pessoas da
miséria com um programa como o bolsa família quando tem capacidade
técnica, qualidade de gestão, honestidade moral e coragem política para
realizar um feito dessa magnitude", disse. (Com Valor)
Fonte:Uol

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