O Residencial Privê das Thermas,
que fica na estância hidrotermal de Caldas Novas, a 167 quilômetros de
Goiânia, foi palco de um novo acidente com turistas, ocorrido seis dias
após a morte de um menino que teve o braço sugado em uma piscina do
condomínio. Na quinta-feira, dia 9, foi a vez do administrador de
empresas Josias Andrade Saraiva, de 43 anos, ter o pé sugado ou preso
pelo ralo, sofrendo fratura na tíbia direita e luxação de dois dedos do
mesmo pé.
Imagens divulgadas mostram que o
administrador precisou de ajuda para manter o rosto fora da água,
evitando o afogamento que ocorreu com o garoto Kauã Davi de Jesus
Santos, de 7 anos, também de uma família de turistas de Brasília
hospedada no residencial de Caldas Novas. Kauã morreu três dias depois
do acidente, ocorrido no dia 1º, em Brasília, para onde foi transferido
em estado grave.
A Polícia Civil, onde o administrador
registrou ocorrência policial no dia 10, alegando omissão de socorro e
lesão corporal, já investigava as instalações do condomínio por causa do
primeiro acidente. Agora, a vítima foi ferida em outra piscina.
O Ministério Público de Caldas Novas
aguarda os laudos periciais dos dois acidentes, mas deve expedir
recomendação esta semana para que as piscinas do residencial sejam
esvaziadas.
O Corpo de Bombeiros informou que a
piscina onde o menino se afogou foi interditada apenas até a perícia e
que a corporação não tinha poder legal para fazer uma interdição
definitiva ou tomar outras medidas além de uma orientação. O capitão dos
Bombeiros de Caldas Novas, Tiago Dias, explicou que uma norma está em
fase de revisão e que deve ser publicada ainda este trimestre, dando
poder para fiscalizar, multar e interditar quem possuir piscinas e não
se adequar às exigências de segurança para evitar acidentes como sucção
de membros ou cabelo.
Outro lado. A administração do
condomínio Residencial Privê da Thermas negou que tenha havido
negligência no atendimento ao administrador de empresas que feriu a
perna e o pé. À Polícia Civil foi justificado que havia um socorrista no
local e que a bomba de sucção não estaria ligada na hora do acidente.
O delegado do caso, Pedro Garcia,
confirma que, aparentemente, o segundo acidente foi causado pela falta
da grade (grelha) sobre o ralo e não por sucção. O socorrista do
residencial não teria conseguido remover sozinho o pé da vítima e por
isto os Bombeiros foram acionados, levando Josias para um hospital. O
delegado prevê concluir a apuração do primeiro acidente na próxima
semana.
Estadão via blog do BG
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