Valdelúcio de Oliveira faz sinal de positivo após ser
dado como morto (Foto: Acervo Pessoal)
dado como morto (Foto: Acervo Pessoal)
A diretoria do Hospital Geral Menandro de Farias (HGMF), em Lauro de
Freitas, na região metropolitana de Salvador, abriu uma sindicância para
apurar o caso envolvendo um homem de 54 anos, cuja família afirma ter
sido declarado morto
por um médico da unidade e encontrado vivo, duas horas depois, quando
já estava dentro do saco fúnebre. O caso ocorreu no domingo (24).
Em nota divulgada nesta segunda-feira (25), a Secretaria de Saúde
(Sesab) informou que a diretoria do hospital "irá se reunir com toda a
equipe que atendeu o paciente e também com a diretoria da Sesab para
esclarecer todo o procedimento".
Caso
De acordo com Patrícia Cintra, sobrinha de Valdelúcio de Oliveira, o tio descobriu há três meses um câncer em estágio avançado e, nesta segunda-feira, daria entrada no Hospital Santo Antônio, vinculado às Obras Sociais Irmã Dulce. "Ele já tinha ficado internado lá uma vez, mas ontem ele sentiu uma falta de ar, e nós o levamos para o Menandro de Farias", diz.
"Lá, os médicos informaram que ele teve duas paradas cardíacas e
pediram que minha tia, que acompanhava ele, saísse do quarto, para que
fizessem a reanimação. Por volta das 23h, os médicos disseram que ele
havia falecido", explica.
Patrícia revela que a equipe médica retirou os aparelhos que estavam
conectados a Valdelúcio e o colocou dentro do saco fúnebre. "Amarraram
os pés e mãos dele, colocaram algodão no nariz e ouvidos e fecharam o
saco", completa.
Ela diz que a família tem o atestado de óbito lavrado pelo hospital,
comprovando a morte de Valdelúcio. "Nós chegamos a comprar o caixão e
demos entrada no enterro", destaca Patrícia. "No atestado de óbito
consta que as causas da morte foram falência múltipla dos órgãos e
insuficiência respiratória", acrescenta.
Família diz que Valdelúcio teve morte constatada
em atestado de óbito (Foto: Reprodução/TV Bahia)
em atestado de óbito (Foto: Reprodução/TV Bahia)
Por volta de 1h da madrugada de domingo, Patrícia conta que um tio foi
ao necrotério do hospital, para trocar a roupa de Valdelúcio, quando
percebeu um movimento dentro do saco fúnebre. "Ele chamou os médicos,
que vieram e levaram ele de volta ao quarto", conta. "Ele ficou duas
horas dentro do saco fechado", completa.
Após ter sido retirado do saco fúnebre, o tio voltou para o hospital.
Ele está consciente e lúcido no quarto da unidade. "Ele está fazendo
palavra cruzada, e só não fala porque está entubado", acrescenta a
sobrinha.
A família de Valdelúcio acredita que o caso tenha sido um milgare.
"Como ele ia para o Hospital de Irmã Dulce, nós nos juntamos para rezar
para ela. Foi um milagre. Tomara que seja um milagre completo", diz
Patrícia.
Do G1 BA
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