Diante do novo cenário da disputa
presidencial que aproxima a presidenciável Marina Silva (PSB) da
presidente Dilma Rousseff (PT) nas pesquisas, o ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira (2) que o eleitor “não
tem duas escolhas nem uma e meia” para fazer o país continuar avançando
econômica e socialmente, sem ser “subordinado ao sistema financeiro”.
Após mais de uma hora de carreata ao
lado de Dilma no centro de São Bernardo do Campo (Grande São Paulo), seu
reduto político, o ex-presidente disse que o país não pode enfrentar um
retrocesso.
Ele não citou Marina, mas fez uma ampla
defesa de Dilma como gestora. A petistas, o ex-presidente admitiu que um
eventual segundo turno com Marina Silva será o “mais longo da
história”.
“Se nós quisermos o bem desse país, que
esse pais continue andando de cabeça erguida, que esse pais continue
sendo um pais produtivo gerador de emprego, gerador de empresa e não
subordinado ao sistema financeiro, nós não temos duas escolhas e nem uma
e meia. Nós temos uma escolha que é votar na presidente Dilma”, afirmou
para a militância que acompanhava a dupla petista.
Lula ainda não se manifestou diretamente
sobre a musculatura política que a campanha de Marina ganhou desde que
ela assumiu a vaga de presidenciável desde a morte de Eduardo Campos
(PSB), num acidente aéreo.
O petista tem feito apenas falas
indiretas. Há uma expectativa sobre a posição de Lula, já que Marina foi
sua ministra do Meio Ambiente antes de romper com o PT.
Abordado por jornalistas durante a
caminha, o ex-presidente não quis dar entrevistas. Aos militantes, ele
disse ainda ter certeza que a razão vai prevalecer nesta eleição.
“Eu tenho fé nesse povo, em Deus, que no
dia 5 de outubro valerá a razão, o coração e reconhecimento do povo
brasileiro a uma mulher que apanhou, foi torturada, foi massacrada por
um setor da imprensa desse país e nem assim essa mulher se curvou”.
O ex-presidente brincou com a fama de
mandona de Dilma, mas afirmou que essa é uma característica comum das
mulheres. A presidente apenas sorriu sobre o comentário de seu padrinho
político.
Lula voltou a atacar setores da imprensa
que, segundo ele, não querem a reeleição de Dilma porque não suportam
ver pobres se desenvolverem.
Folha Press via Blog do BG
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