Um grupo de presos do Rio Grande do Norte criou uma nova facção
criminosa como forma de organizar suas ações, com determinações partindo
de dentro e fora dos presídios. Há algumas semanas, vem circulando nas
redes sociais um vídeo em que se apresenta os integrantes de tal facção,
intitulada Sindicato do RN, no entanto, o grupo se articula desde 2012,
conforme registros encontrados em materiais apreendidos nas cadeias.
O Portal BO apurou que o Sindicato do RN é composto, em sua maioria,
por homens já presos. Alguns deles, inclusive, eram integrantes do
Primeiro Comando da Capital (PCC), a maior organização criminosa do
Brasil, fundada em São Paulo. O motivo da separação seria o melhor
aproveitamento dos lucros do crime, tendo em vista que, antes, a maior
parte do apurado era enviada para fora do Rio Grande do Norte.
A reportagem conversou com a coordenadora da Administração
Penitenciária do Rio Grande do Norte, Dinorá Simas. Ela afirmou que a
facção Sindicato do RN realmente é uma realidade dentro das unidades e
todo o Sistema Penitenciário tem trabalho para tentar identificar os
líderes, como forma de mapear e isolar possíveis ações que possam
comprometer a segurança dentro dos presídios e até mesmo da população
potiguar.
Ela ressaltou que sempre que os agentes penitenciários apreendem
material referente ao grupo e, até mesmo percebe reuniões entre eles,
procuram separar os presos. Ainda não se sabe o certo quantos fazem
parte do Sindicato do RN, mas o que se sabe é que a facção está
espalhada por quase todas as unidades prisionais do Estado, tendo sua
força maior em Alcaçuz.
O grupo chegou a produzir uma música na qual apresenta os
participantes e mostra os locais de atuação de cada um e faz apologia ao
crime, chegando a dizer que o “Estado está dominado”. O material tem
circulado nas redes sociais e chegou às mãos da polícia. Na semana
passada, policiais da Delegacia Especializada em Furtos e Roubo
prenderam um jovem conhecido como Gabriel Lacoste, que seria integrante
do Sindicato do RN, conforme citado em música da facção.
O delegado Herlânio Cruz, da Defur, disse que chegou a questionar o preso sobre a participação dele nessse grupo, mas Gabriel Lacoste negou e afirmou que não sabe como o nome dele foi parar na música criada pelo Sindicato do RN.
A reportagem do Portal BO entrou em contato com a Delegacia Geral da Polícia Civil. A assessoria do órgão informou que, assim como várias pessoas, a polícia realmente teve acesso ao vídeo e à música do Sindicato do RN e que identificou muitos dos que aparecem na produção como presos conhecidos, autores de vários crimes.
O delegado Herlânio Cruz, da Defur, disse que chegou a questionar o preso sobre a participação dele nessse grupo, mas Gabriel Lacoste negou e afirmou que não sabe como o nome dele foi parar na música criada pelo Sindicato do RN.
A reportagem do Portal BO entrou em contato com a Delegacia Geral da Polícia Civil. A assessoria do órgão informou que, assim como várias pessoas, a polícia realmente teve acesso ao vídeo e à música do Sindicato do RN e que identificou muitos dos que aparecem na produção como presos conhecidos, autores de vários crimes.
No entanto, a Degepol não informou se existe algum tipo de
investigação específica sobre a facção. Além de vídeo, já foram
apreendidos vários materiais que comprovam a organização do grupo, como
cartas e papeis com informações sobre o funcionamento de algumas ações
do grupo.
Greve de fome
No início deste mês de setembro, os presos realizaram um movimento de greve de fome e tal ação também é atribuída ao Sindicato do RN. Eles teriam organizado o “protesto”, que foi acatado pelos detentos de quase todas as cadeias do Estado.
Os presos chegaram a confeccionar uma carta, na qual faziam
exigências de melhorias nos presídios. Em um trecho afirmaram: “Somo
conscientes dos nossos erros e apenas queremos pagar nossas penas de
forma digna e humana, como manda a LEP (Lei de Execuções Penais)”.
Do Portal BO
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