domingo, 2 de agosto de 2015

Governo Federal corta R$ 1 bilhão da educação e agrava paralisação da Ufersa


A situação de greve na Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA) pode se tornar ainda pior após o anúncio do corte de R$ 1 bilhão no orçamento da educação, feito pelo Governo Federal.
O corte foi divulgado na edição extra do Diário Oficial da União e faz parte do contingenciamento adicional de R$ 8,6 bilhões, anunciado na semana passada.
Para o presidente da Associação dos Docentes da Universidade Federal Rural do Semiárido, Joaquim Pinheiro, o corte deve agravar a situação de greve dos professores federais.
“Agora, são mais de R$ 10 bilhões em cortes. Dá mais razão à nossa greve pela necessidade de lutar e denunciar à sociedade esse descaso com a educação. Entramos em uma fase de S.O.S. educação pública”, destacou.
A greve dos professores federais teve início no final de maio, em conjunto com os servidores, e reivindica reajuste salarial de 27,3%, defesa da universidade pública contra os cortes na educação e reestruturação de carreira.
O Governo Federal já havia feito um corte de quase R$ 9,5 bilhões na Educação neste ano, impondo à pasta a desaceleração em vários programas educacionais.
Só na Ufersa, os cortes superam os R$ 12 milhões.
“O quadro da Ufersa é muito difícil, muito complicado, assim como da maioria esmagadora das universidades no Brasil. Se não estivéssemos em greve, a Ufersa poderia estar paralisando agora. Poderia estar em condições muito difíceis de manter suas atividades normais com esse corte”, informou o presidente da Adufersa.
Sobre o movimento grevista, Joaquim destacou: “Continua e se fortalece com a unificação com outras categorias do serviço público, que também estão em luta contra os ataques governamentais aos seus direitos e ao desmonte do serviço público.”
A greve dos professores federais já conta com a adesão de 39 universidades e 2 institutos federais, segundo o Sindicato Nacional.
Do Jornal de Fato

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