terça-feira, 30 de novembro de 2010

Lauro Maia nega esquema, mas justiça encontra planilha

Foto de divulgação
O ad­vo­ga­do Lauro Maia, filho da ex-governadora Wilma de Faria e su­plen­te de de­pu­ta­do es­ta­dual para a pró­xi­ma le­gis­la­tu­ra pelo PSB, pres­tou de­poi­men­to a Jus­ti­ça Fe­de­ral na manhã de hoje. Ele negou par­ti­ci­par do es­que­ma de co­bran­ça de pro­pi­na para re­no­va­ção e ma­nu­ten­ção de pa­ga­men­tos de em­pre­sas ter­cei­ri­za­das con­tra­ta­das em ca­rá­ter emer­gen­cial para a Se­cre­ta­ria Es­ta­dual de Saúde (Sesap).

Du­ran­te a aca­rea­rão, o juiz fe­de­ral Mario Aze­ve­do Jambo, da 2ª Vara, apre­sen­tou uma pla­ni­lha que foi en­con­tra­da pela Po­lí­cia Fe­de­ral no com­pu­ta­dor pes­soal de Lauro. O do­cu­men­to con­ti­nha dados e in­for­ma­ções a cerca de pa­ga­men­tos com va­lo­res e au­to­ri­za­ções e ainda os nomes das em­pre­sas como a Líder, Em­vi­pol e A&G, in­ves­ti­ga­das no mesmo pro­ces­so.

Ques­tio­na­do sobre o que seria o do­cu­men­to, Lauro não res­pon­deu ale­gan­do des­co­nhe­cer a au­to­ria da pla­ni­lha, mesmo tendo ela sido en­con­tra­da no com­pu­ta­dor pes­soal. "Des­co­nhe­ço essa pla­ni­lha", ale­gou o ad­vo­ga­do.

O filho da go­ver­na­do­ra se de­fen­deu ale­gan­do que os de­poi­men­tos da acu­sa­ção do ex-casal An­der­son Mi­guel da Silva e Jane Alves de Oli­vei­ra, em­pre­sá­rios res­pon­sá­veis pela A&G Lo­ca­ção de Mão de Obra, que apon­ta­ram Lauro como men­tor e prin­ci­pal be­ne­fi­cia­do do es­que­ma, eram in­ve­rí­di­cos. "Ainda me de­cla­ro ino­cen­te. Tudo que dis­se­ram con­tra mim é men­ti­ra", de­cla­rou.

Lauro ale­gou ter tra­ba­lha­do como as­ses­sor par­la­men­tar do de­pu­ta­do es­ta­dual La­voi­sier Maia, do se­na­dor José Agri­pi­no Maia e do de­pu­ta­do fe­de­ral Ro­gé­rio Ma­ri­nho e que por ter tra­ba­lha­do sem­pre no Le­gis­la­ti­vo, mesmo sendo filho da então go­ver­na­do­ra e uma das prin­ci­pais li­de­ran­ças par­ti­dá­rias do PSB, não teria poder de in­fluên­cia nos con­tra­tos do Exe­cu­ti­vo.

De acor­do com o casal, Lauro co­bra­va a pro­pi­na por meio de atra­ves­sa­do­res e em al­gu­mas oca­siões che­ga­va a re­ce­ber pes­soal­men­te. Ela rea­fir­mou os pa­ga­men­tos fei­tos atra­vés do jor­na­lis­ta Dió­ge­nes Dan­tas, ao irmão da então go­ver­na­do­ra Fer­nan­do Faria, a ao ex-secretário João Hen­ri­que Lins Bahia Neto, ad­jun­to da pasta de Es­por­tes e Lazer (Seel), que de tanto fre­quen­tar a casa, che­gou a criar re­la­ções de ami­za­des com a mu­lher. "João Hen­ri­que era a pes­soa mais pró­xi­ma de mim. João Hen­ri­que re­ce­beu o di­nhei­ro, pes­soal­men­te, du­ran­te quase dois anos", con­tou.

Fonte: Correio da Tarde

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