Não é desta vez que a Nasa (agência espacial dos EUA) anuncia a descoberta de vida fora da Terra – especulações sobre o assunto ganharam força nesta semana, depois de o órgão chamar a imprensa para uma entrevista coletiva para "discutir uma descoberta em astrobiologia com consequências para a pesquisa de provas da existência de vida extraterrestre".
Em vez de um extraterrestre, o que foi descoberto foi uma bactéria capaz de alimentar-se de arsênico. O estudo, financiado pela Nasa, redefine o que a ciência considera como elementos necessários para a vida, como carbono, hidrogênio, nitrogênio, oxigênio, fósforo e enxofre. A pesquisa revela que esses micróbios vivem em arsênico e também crescem incorporando o elemento em seu DNA e membranas celulares.
Ariel Anbar, coautor do estudo, diz que "o que é novo aqui é o arsênico sendo usado como tijolo pelo organismo".
– Nós sempre tivemos a ideia de que a vida existe com estes seis elementos sem exceção, mas veja só, talvez haja uma exceção.
A descoberta foi feita por Felisa Wolfe-Simon, uma ex-cientista do grupo de pesquisas de Anbar, na Escola da Exploração da Terra e do Espaço da Universidade Estadual do Arizona. Apesar de não ser exatamente sobre vida extraterrestre, a descoberta pode mudar a forma como os pesquisadores analisam o assunto, diz o pesquisador.
– A vida como nós a conhecemos requer esses elementos químicos específicos e exclui outros. Mas essas são as únicas opções? Como a vida pode ser diferente? Um dos princípios que guia a busca por vida em outros planetas é a "busca por elementos" [como o carbono]. O estudo mostra que nós devemos pensar mais sobre quais elementos buscar.
Mas ele reconhece que será necessário dar um grande salto para se descobrir vida extraterrestre.
– Estamos mais no começo de tudo. Talvez haja outras exceções sobre as quais devamos pensar a respeito. Somos muito influenciados pela vida como conhecemos. Quanto a vida pode ser diferente e ainda funcionar?
Alguns anos atrás, Wolfe-Simon, Anbar e o colega Paul Davies começaram a discutir a ideia de que formas diferentes de vida possam existir na Terra, mas por outras regras biológicas, uma noção conhecida informalmente por cientistas como "vida estranha".
O trio de cientistas publicou em 2009 a hipótese de que o arsênico, que aparece diretamente abaixo do fósforo na tabela periódica, poderia substituir o elemento em formas de vida terrestres. Wolfe-Simon saiu a campo para testar sua teoria, em colaboração com Ronald Oremland, um renomado especialista mundial em microbiologia.
Ela recolheu sedimentos do lago Mono, conhecido por seus altos índices de sal e arsênico, no leste da Califórnia, e levou o material para o laboratório. Wolfe-Simon conseguiu fazer crescer no laboratório uma bactéria conhecida como a cepa GFAJ-1, da família Halomonadaceae gamoproteobacteria.
A descoberta pode abrir novos caminhos na pesquisa de doenças e possivelmente novos capítulos em livros de biologia, diz o pesquisador. .
– Às vezes você pensa que algo não vai funcionar, mas aí você procura e às vezes encontra. E então você percebe, 'oh, eu não entendia as coisas tão bem quanto pensava'. Isto acontece todo o tempo na ciência. É o que torna as coisas divertidas.
Fonte: R7
Em vez de um extraterrestre, o que foi descoberto foi uma bactéria capaz de alimentar-se de arsênico. O estudo, financiado pela Nasa, redefine o que a ciência considera como elementos necessários para a vida, como carbono, hidrogênio, nitrogênio, oxigênio, fósforo e enxofre. A pesquisa revela que esses micróbios vivem em arsênico e também crescem incorporando o elemento em seu DNA e membranas celulares.
Ariel Anbar, coautor do estudo, diz que "o que é novo aqui é o arsênico sendo usado como tijolo pelo organismo".
– Nós sempre tivemos a ideia de que a vida existe com estes seis elementos sem exceção, mas veja só, talvez haja uma exceção.
A descoberta foi feita por Felisa Wolfe-Simon, uma ex-cientista do grupo de pesquisas de Anbar, na Escola da Exploração da Terra e do Espaço da Universidade Estadual do Arizona. Apesar de não ser exatamente sobre vida extraterrestre, a descoberta pode mudar a forma como os pesquisadores analisam o assunto, diz o pesquisador.
– A vida como nós a conhecemos requer esses elementos químicos específicos e exclui outros. Mas essas são as únicas opções? Como a vida pode ser diferente? Um dos princípios que guia a busca por vida em outros planetas é a "busca por elementos" [como o carbono]. O estudo mostra que nós devemos pensar mais sobre quais elementos buscar.
Mas ele reconhece que será necessário dar um grande salto para se descobrir vida extraterrestre.
– Estamos mais no começo de tudo. Talvez haja outras exceções sobre as quais devamos pensar a respeito. Somos muito influenciados pela vida como conhecemos. Quanto a vida pode ser diferente e ainda funcionar?
Alguns anos atrás, Wolfe-Simon, Anbar e o colega Paul Davies começaram a discutir a ideia de que formas diferentes de vida possam existir na Terra, mas por outras regras biológicas, uma noção conhecida informalmente por cientistas como "vida estranha".
O trio de cientistas publicou em 2009 a hipótese de que o arsênico, que aparece diretamente abaixo do fósforo na tabela periódica, poderia substituir o elemento em formas de vida terrestres. Wolfe-Simon saiu a campo para testar sua teoria, em colaboração com Ronald Oremland, um renomado especialista mundial em microbiologia.
Ela recolheu sedimentos do lago Mono, conhecido por seus altos índices de sal e arsênico, no leste da Califórnia, e levou o material para o laboratório. Wolfe-Simon conseguiu fazer crescer no laboratório uma bactéria conhecida como a cepa GFAJ-1, da família Halomonadaceae gamoproteobacteria.
A descoberta pode abrir novos caminhos na pesquisa de doenças e possivelmente novos capítulos em livros de biologia, diz o pesquisador. .
– Às vezes você pensa que algo não vai funcionar, mas aí você procura e às vezes encontra. E então você percebe, 'oh, eu não entendia as coisas tão bem quanto pensava'. Isto acontece todo o tempo na ciência. É o que torna as coisas divertidas.
Fonte: R7
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