sábado, 4 de dezembro de 2010

Disputa pelo comando da Câmara transforma sessões em campo de batalha

Sessões na Câmara tem sido marcada pelas trocas de farpas entre vereadores

Se­guin­do o exem­plo do que vem ocor­ren­do em Mos­so­ró e Ba­raú­na, os ve­rea­do­res da Câ­ma­ra Mu­ni­ci­pal de Patu tam­bém de­ci­di­ram que mais im­por­tan­te do que a dis­cus­são sobre os pro­je­tos de in­te­res­se po­pu­lar é a dis­pu­ta pelo co­man­do do Le­gis­la­ti­vo. Ini­cia­da nos bas­ti­do­res da po­lí­ti­ca, a dis­pu­ta ga­nhou es­pa­ço no ple­ná­rio, que está se trans­for­man­do em campo de ba­ta­lha entre os ve­rea­do­res das duas ban­ca­das.

A pro­xi­mi­da­de da elei­ção que irá es­co­lher a nova mesa di­re­to­ra da Câ­ma­ra Mu­ni­ci­pal, pre­vis­ta para acon­te­cer no dia 15 deste mês, está es­quen­tan­do os âni­mos dos ve­rea­do­res. A úl­ti­ma ses­são ple­ná­ria foi mar­ca­da por um gran­de tu­mul­to e muita con­fu­são entre si­tua­ção e opo­si­ção. In­con­for­ma­dos com o mo­de­lo ad­mi­nis­tra­ti­vo do atual pre­si­den­te Ale­xan­dri­no Suas­su­na, o Xan­xan (PMDB), que ad­mi­nis­tra o Le­gis­la­ti­vo de forma di­ta­to­rial, os ve­rea­do­res da si­tua­ção estão to­man­do todas as pro­vi­dên­cias para con­se­guir im­pe­dir mais uma ree­lei­ção. Os opo­si­cio­nis­tas que­rem ele­ger um re­pre­sen­tan­te do grupo, no en­tan­to, a atual pre­si­dên­cia pa­re­ce não que­rer abrir mão da dis­pu­ta, que pro­me­te ren­der novos rounds.

En­quan­to os ve­rea­do­res bri­gam, a po­pu­la­ção fica sem saber o que real­men­te está acon­te­cen­do. As con­fu­sões já estão afe­tan­do a ro­ti­na ad­mi­nis­tra­ti­va da ci­da­de, já que di­ver­sos pro­je­tos estão es­pe­ran­do vo­ta­ção. "Na úl­ti­ma ses­são de­ve­riam ter sido vo­ta­dos pelo menos qua­tro pro­je­tos im­por­tan­tes, vol­ta­dos para a ques­tão do abas­te­ci­men­to, cons­tru­ção de mo­ra­dias entre ou­tros e não vo­ta­mos por­que a ses­são foi sus­pen­sa", disse a ve­rea­dor Lu­cé­lia Ri­bei­ro (PT), que se mos­tra in­dig­na­da com o que vem ocor­ren­do na Casa. Ela disse que na ses­são da úl­ti­ma quarta-feira (30), o ve­rea­dor Xan­xan de­ci­diu levar a Ata da ses­são an­te­rior para ser apro­va­da e as­si­na­da pelos ve­rea­do­res no ple­ná­rio. Só que o ve­rea­dor Mamá re­sis­tiu à ati­tu­de do pre­si­den­te, ale­gan­do que havia um erro que de­ve­ria ser cor­ri­gi­do, o que aca­bou ge­ran­do mais uma con­fu­são.

Os opo­si­cio­nis­tas dis­se­ram que não as­si­na­riam o do­cu­men­to sem antes ler o con­teú­do, já que eles ha­viam apro­va­do um re­que­ri­men­to para que a Ata fosse lida em ple­ná­rio, o que gerou uma ver­da­dei­ra ba­ta­lha cam­pal, en­vol­ven­do o pre­si­den­te e o ve­rea­dor Mamá.

In­dig­na­do e se mos­tran­do trans­tor­na­do, o pre­si­den­te Xan­xan, de­ci­diu sus­pen­der a ses­são or­di­ná­ria e ten­tou tomar o livro dos ve­rea­do­res atra­vés da força. Ele se re­ti­rou do ple­ná­rio le­van­do os do­cu­men­tos e dei­xou os ve­rea­do­res da si­tua­ção, Lu­cé­lia Ri­bei­ro, Drª Mar­ga­ri­da (DEM), Ma­noel Lin­do­mar, o Mamá (PPS), Maria He­le­na Gen­til (PPS), Re­ze­nil­do Er­nes­to (PSB) e Ana Cris­ti­na (PSB), so­zi­nhos no ple­ná­rio.

A opo­si­ção for­ma­da pelos ve­rea­do­res Xaxan, Lour­des Leão (PC do B), Fran­cis­co Fi­guei­re­do, o Bo­di­nho (DEM) bus­cam armar uma es­tra­té­gia que possa im­pe­dir a opo­si­ção de che­gar ao poder.
O grupo ten­tar im­pe­dir a elei­ção de Maria He­le­na Gen­til, nome mais co­ta­do den­tro da opo­si­ção dis­pu­tar a pre­si­dên­cia da Casa, re­pre­sen­tan­do o bloco da si­tua­ção.

Fonte: Correio da Tarde

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