terça-feira, 21 de dezembro de 2010

PDT ameaça paralisar votação se relatora do Orçamento não propuser mínimo de R$ 580

O PDT promete impedir a votação do Orçamento da União de 2011 caso a relatora, senadora Serys Slhessarenko (PT-MT), mantenha a previsão do reajuste de salário mínimo no ano que vem para R$ 540.

O deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), presidente da Força Sindical, disse nesta terça-feira (21) que o partido reivindica o aumento do mínimo para R$ 580 na proposta orçamentária. Está disposto a atrasar a votação do Orçamento se a relatora não mudar o texto.

"Se não tiver recurso reservado [para um reajuste maior], o PDT vai pedir verificação de quorum amanhã durante a votação no plenário. O PTB se comprometeu a entrar nessa obstrução junto conosco", disse.

Como há poucos parlamentares no Congresso às vésperas do recesso do final de ano, a estratégia do PDT de conferir quantos congressistas estarão presentes na sessão pode paralisar a votação --sem quorum, não é possível avaliar o projeto.

Se houver acordo entre PDT e oposição, os deputados e senadores votam o Orçamento mesmo sem o número mínimo de congressistas presentes.

As centrais sindicais defendem o aumento do salário mínimo em 2011 para R$ 580, além do reajuste dos aposentados. Serys, porém, fixou o aumento dos atuais R$ 510 para R$ 540 --um pouco mais que os R$ 538,15 sugeridos pelo Executivo quando encaminhou a proposta orçamentária ao Congresso.

"Não dá com o Brasil crescendo 6%, 7%, quem ganha menos receber apenas a inflação, enquanto nós aumentamos os nossos salários na semana passada", disse Paulinho da Força.

A Comissão Mista de Orçamento está reunida para discutir o texto de Serys, que vai receber sugestões de mudanças até o final da tarde. A expectativa dos governistas é colocar o texto em votação ainda hoje, para que amanhã seja analisado pelo plenário do Congresso.

A Casa entra em recesso oficialmente na quinta-feira (23). Se a comissão não votar o Orçamento até lá, a presidente eleita, Dilma Rousseff, corre o risco de começar o governo sem poder iniciar novas obras e ações criadas pelo texto.

Fonte: Folha

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