O PDT promete impedir a votação do Orçamento da União de 2011 caso a relatora, senadora Serys Slhessarenko (PT-MT), mantenha a previsão do reajuste de salário mínimo no ano que vem para R$ 540.
"Se não tiver recurso reservado [para um reajuste maior], o PDT vai pedir verificação de quorum amanhã durante a votação no plenário. O PTB se comprometeu a entrar nessa obstrução junto conosco", disse.
Como há poucos parlamentares no Congresso às vésperas do recesso do final de ano, a estratégia do PDT de conferir quantos congressistas estarão presentes na sessão pode paralisar a votação --sem quorum, não é possível avaliar o projeto.
Se houver acordo entre PDT e oposição, os deputados e senadores votam o Orçamento mesmo sem o número mínimo de congressistas presentes.
As centrais sindicais defendem o aumento do salário mínimo em 2011 para R$ 580, além do reajuste dos aposentados. Serys, porém, fixou o aumento dos atuais R$ 510 para R$ 540 --um pouco mais que os R$ 538,15 sugeridos pelo Executivo quando encaminhou a proposta orçamentária ao Congresso.
"Não dá com o Brasil crescendo 6%, 7%, quem ganha menos receber apenas a inflação, enquanto nós aumentamos os nossos salários na semana passada", disse Paulinho da Força.
A Comissão Mista de Orçamento está reunida para discutir o texto de Serys, que vai receber sugestões de mudanças até o final da tarde. A expectativa dos governistas é colocar o texto em votação ainda hoje, para que amanhã seja analisado pelo plenário do Congresso.
A Casa entra em recesso oficialmente na quinta-feira (23). Se a comissão não votar o Orçamento até lá, a presidente eleita, Dilma Rousseff, corre o risco de começar o governo sem poder iniciar novas obras e ações criadas pelo texto.
Fonte: Folha
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