domingo, 27 de fevereiro de 2011

Inca e hospital lançam cartilha para ajudar médicos a dar más notícias


 
Uma forte dor nas costas, transformada em desespero pela falta de tato do médico ao transmitir o diagnóstico, levou Maria Mesquita, a mãe de Jeferson Augusto Mesquita, a desistir de viver. Enquanto ela e a família acreditavam que a dor não passava de um sintoma da idade avançada, o profissional, sem nenhuma cerimônia, seca e impiedosamente, informou-lhe que o incômodo tratava-se de um câncer no pulmão. Como se não bastasse a gravidade da doença, a falta de preparo — ou simples descaso com os sentimentos alheios — do médico ao contar a má notícia fez com que ela ficasse imediatamente em choque, segundo o filho. Como forma de minimizar os danos desse tipo de abordagem, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) e o Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, lançaram o livro Comunicação de notícias difíceis: compartilhando desafios na atenção à saúde. É uma espécie de “cartilha das más notícias”.  

Os exemplares serão distribuídos para todas as redes vinculadas ao Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com Priscila Magalhães, responsável pela coordenação da Política Nacional de Humanização do Inca, o objetivo do programa é que a publicação contribua para a inclusão e a valorização do tema nas relações entre os profissionais de saúde e os pacientes e familiares. “Espera-se também que a leitura dos artigos estimule a discussão e a multiplicação de iniciativas similares”, diz.

Fonte:Correio Braziliense

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