sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Professores de Natal rejeitam proposta da Prefeitura e iniciam greve

Os professores de Natal não acataram a proposta da Prefeitura e deflagraram greve nesta sexta-feira (11), durante assembleia da categoria. Os profissionais cobram um reajuste de 15,29%, mas o Executivo propôs o reajuste de 10,79% sob o argumento de que seria o limite que o Executivo poderia pagar.

Além da proposta do reajuste, a Prefeitura também informou que outras medidas para beneficiar a categoria foram tomadas, como a convocação de 383 professores já oficializada no Diário Oficial, sendo 319 do ensino fundamental e 64 educadores infantis. A Secretaria Municipal de Educação enviou, na tarde desta sexta-feira, uma proposta de melhoria salarial de 10.79% para a categoria dos professores, a ser implementada a partir de maio próximo. O Executivo comprometeu-se também a pagar 12.94% de reajuste aos professores nas folhas de março e abril, aplicando percentuais retroativos de 6.47% referentes à janeiro e fevereiro. 

“Este é o percentual máximo que a Prefeitura pode oferecer. Temos limitações pela Lei de Responsabilidade Fiscal. E vamos fazer um enorme esforço para reduzir despesas de outros setores e continuar valorizando a carreira dos professores”,declarou a secretária de Educação, Adriana Trindade. "Esta é gestão que mais valorizou a categoria dos professores. Acredito que serão sensíveis”, disse a secretária, lembrando que, caso o reajuste fosse aceito, em dois anos de administração o aumento nos salários dos professores chegaria a 32.29%. No entanto, os professores não acataram a poposta.

O argumento principal utilizado pelo Sinte é que o reajuste está previsto em Lei assinada pela prefeita Micarla de Sousa (6.129, de 15 de julho de 2010) reajustando os vencimentos dos professores no dia 1º de abril de cada de cada ano, com base no INPC, e na lei 6.022, de 28 de dezembro de 2009, que também trata sobre o reajuste dos professores. Por isso, não aceitam proposta inferior aos 15.29%.

"Ela (Micarla) não reconhece os valores que foram aprovados e são leis. A greve foi deflagrada e na segunda-feira (14), os professores vão às escolas para informar os pais dos alunos sobre a paralisação", disse a presidente do sindicato, Fátima Cardoso.

Sobre o argumento de que o reajuste pedido pelo sindicato não seria possível devido a limites impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal, Fátima Cardoso disse que a justificativa não vai sensibilizar os profissionais. "Nós temos o fato de alegarem a LRF e há tempos que eles não procuram enxugar a máquina. Eles só encontram saída na hora do aumento, dizendo que não podem oferecer, mas na hora enxugar a máquina eles não o fazem", disse Fátima.
 
Fonte:Tribuna do Norte

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