sexta-feira, 18 de março de 2011

Central do Cidadão está sob ameaça de desabamento e de incêndio

As declarações do representante do Corpo de Bombeiros, Tenente Daniel, causou ainda mais aflição aos funcionários da Central do Cidadão que participaram da audiência pública proposta pela 4ª Promotoria do Patrimônio Público, hoje, 17, pela manhã. É que de acordo com as informações repassadas pelo CB, o prédio onde funciona a Central oferece risco iminente e real de desabamento e de incêndio na parte elétrica. "Só o fato do prédio não possuir o projeto de combate a incêndio, já é motivo de interdição por parte do Corpo de Bombeiros. Fora isso, há possibilidades reais de desabamento da estrutura física e de incêndios na parte elétrica.

Além disso, observamos que toda a estrutura de ferro que sustenta o prédio está totalmente comprometida. Caso de interdição", declarou o Tenente Daniel, do Corpo de Bombeiro.

Funcionários presentes na audiência reclamaram das condições de trabalho e da estrutura do prédio. "Trabalhamos dentro do lixo, em salas com infiltrações, tetos desabando em cima da gente, as salas estão lotadas de cupins. A escassez começa no material de trabalho e vai até a falta de água para beber. Só sabe o que é trabalhar sem condições quem precisa, como nós. A população, geralmente, culpa os funcionários, mas somos apenas pau mandados, não temos muito o que fazer com essas condições", revelou um funcionário que preferiu não ter seu nome divulgado.

Outra reclamação unânime entre os usuários e funcionários diz respeito ao número insuficiente de servidores. "Como não temos gente suficiente para atender como deveríamos, o trabalho fica comprometido. As coisas aqui são mais difíceis do que a gente imagina. Clamamos por uma solução. Já tem gente que está adoecendo com tanta preocupação", indignou-se uma funcionária.

A arquiteta Liana Suassuna, convidada da audiência, ressaltou as condições sub-humanas as quais os funcionários estão submetidos. "Sinceramente, gostaria de parabenizar vocês pelo trabalho que desenvolve naquele lugar. São 17 órgãos espremidos em salas sem a menor condição humana. Falando tecnicamente, condenaria toda estrutura", disse a especialista.

Durante a audiência, o promotor Hercy Ponte declarou que, em reunião com o secretário de Justiça e Cidadania do estado, Thyago Macedo, foi informado que já existe um projeto de reforma da rodoviária para um possível aclopamento da Central do Cidadão naquele local. "Nós entendemos que esse é o caminho mais viável para o Governo e para a população. Concomitante com a reforma está sendo feito o Plano de Mobilidade Urbana de Mossoró, que permitirá as empresas de ônibus itinerários que passem pela rodoviária. Isso nos dá o conforto de lutar ainda mais por essa tranferência, já que essa é uma das preocupações da população", declarou o promotor.

Hoje a Central do Cidadão de Mossoró funciona com 17 órgãos, em um prédio alugado pelo Governo do Estado, há aproximadamente 14 anos, no bairro Aeroporto.
Fonte:Correio da Tarde

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