O Planalto Central pediu ontem, quarta-feira, dia ( 09/03 ), explicações ao Ministério da Defesa, sobre um documento do Exército Brasileiro, contra a instalação de uma Comissão Nacional da Verdade no Congresso, para investigar crimes ocorridos durante a "Ditadura Militar (1964-1985). A montagem da comissão, que ainda não tem data prevista para ocorrer, é uma das prioridades do Governo Dilma Rousseff, na área de Direitos Humanos. À tarde, a Assessoria de Imprensa do Ministro da Defesa, Nelson Jobim, divulgou nota reafirmando a posição da pasta a favor da comissão. No despacho, a Assessoria destaca que o documento foi elaborado pela Assessoria Parlamentar do Ministério, em setembro de 2010, isto é, antes das negociações da Presidenta Dilma Rousseff, com os comandos das três forças armadas, para unificar um discurso a favor da comissão. O Ministério, no entanto, não apresentou provas da produção do documento no ano passado. Antes de assumir o governo, a Presidenta Dilma Rousseff reuniu com os Comandantes da Aeronáutica, do Exército e da Marinha, para exigir discrição sobre o tema. Essa foi uma exigência para que eles continuassem no cargo. Nos trechos do documento divulgado, a Assessoria Parlamentar do Exército, ressalta que testemunhas dos episódios ocorridos na Ditadura Militar, morreram e provas se perderam no tempo. Essa versão, que vem sendo dada pelas Forças Armadas, desde a redemocratização, foi derrubada nos últimos anos, por uma série de reportagens e livros sobre o regime militar e os crimes ocorridos nos porões da ditadura. Dezenas de oficiais da reserva, ainda vivos, já deram depoimentos e entrevistas sobre o período.
Fonte: O Globo
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário