quarta-feira, 19 de outubro de 2011

“Corte” de internet nas Farmácias Populares afeta entrega de remédios

 

O corte no serviço de internet está impedindo a distribuição gratuita e venda de medicamentos nas unidades da Farmácia Popular do Brasil de todo o Rio Grande do Norte.

O serviço foi suspenso há mais de um mês por falta de pagamento, segundo informou uma balconista do estabelecimento, que pediu para não ser identificada.

Sem internet, os balconistas não têm acesso ao sistema operacional da farmácia e, consequentemente, não podem liberar os medicamentos, sejam de graça ou vendidos. "Nós (balconistas) não temos como dar baixar nos produtos", explicou a balconista.

O problema está deixando milhares de pessoas hipertensas e diabéticas sem medicamentos que são distribuídos gratuitamente pela Farmácia Popular do Brasil.

É o caso da aposentada Maria Dalva da Silva, que já esteve na farmácia três vezes nos últimos dias, mas voltou para casa sempre de mãos vazias. "Não sei o que vou fazer. Vivo de um salário mínimo da aposentadoria e não tenho como comprar os medicamentos", relatou.

A Farmácia Popular do Brasil é um programa do Governo Federal, mas a internet deve ser mantida pelo Governo do Estado como contrapartida.

O secretário estadual da Saúde Pública, Domício Arruda, reconheceu o problema, motivado pela não-renovação de contrato com a empresa prestadora do serviço de internet. "O contrato não foi renovado em tempo hábil por descompasso de informações entre a empresa e secretaria estadual da Saúde Pública", justificou o secretário.

Domício afirmou que a secretaria está agindo, mas ainda serão necessários cerca de 10 dias para solucionar o problema.

Até lá, hipertensos e diabéticos de baixa renda terão que conseguir dinheiro para comprar os medicamentos.

Fonte: Jornal de Fato

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