Uma matéria publicada no jornal "O Globo", no último domingo, denunciou que no Rio Grande do Norte adolescentes estão sendo aliciados para serem travestidos e obrigados a se prostituírem em São Paulo e em alguns países da Europa, onde muitas vezes, dependendo da aparência física, são transformados em mulheres, com implantes de silicone e aplicação definitiva de cabelo para atrair clientes.
A matéria, editada pela repórter Cleide Carvalho, revela que os primeiros contatos com os meninos ocorrem na internet, pelas redes sociais. Os aliciadores pedem para que os adolescentes enviem fotos e se forem considerados "interessantes" eles enviam a passagem aérea para São Paulo.
Na capital paulista, os garotos recebem hormônios femininos, implantes de megahair (cabelos) e são obrigados a se prostituírem. Aqueles que têm uma aparência mais feminina cobram mais caro aos clientes. E quando começam a faturar mais recebem a proposta de implantes de silicone.
Ainda de acordo com a matéria, os adolescentes entrevistados por Cleide Carvalho também revelaram que os colegas enviados à Europa são transformados em mulheres em tempo recorde, cerca de cinco meses, para não perderem a temporada na zona do euro.
Contestação
Autoridades potiguares contestam o material publicado no "O Globo", vão solicitar provas e autenticidade das informações colhidas pela reportagem que causou surpresa aos responsáveis por coibir este tipo de crime aqui no Estado.
Em entrevista ontem à imprensa da capital, o titular da Delegacia Especializada no Atendimento à Criança e ao Adolescente (DCA), delegado Correia Júnior, disse que nunca houve denúncias nesse sentido na DCA, quer de familiares ou pelo Disque-Denúncia.
A reportagem também causou espanto na Polícia Federal do RN. O delegado da Superintendência Regional do Estado, Asdrúbal Araújo, destacou que as denúncias são esdrúxulas e nunca houve qualquer informe sobre o aliciamento de transexuais potiguares para países da Europa.
Fonte: Jornal O Mossoroense
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