quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Sem respostas do Governo, professores decidirão sobre greve



Greve. Esta é a palavra de ordem da assembleia-geral de hoje, do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Rio Grande do Norte (SINTE/RN). Durante todo o dia de ontem, os dirigentes aguardaram ser chamados para uma audiência com o Governo ou ao menos um contato para discutir sobre o reajuste do piso dos servidores. Como não houve nenhuma sinalização, os representantes terão como pauta principal do encontro de hoje mais uma paralisação.
 
De acordo com Fátima Cardoso, a intenção é movimentar uma equipe nas escolas nos dias 1º e 2 de março, para mobilizar os alunos sobre a decisão paredista que deve ser deflagrada no dia 5, uma semana depois do início do ano letivo.
 
Ontem, o dirigente Zé Teixeira tinha dado duas datas para o início da greve, caso o governo não desse a atenção esperada: logo no início do ano letivo, ou no dia 16 de março, quando haverá uma parada nacional.
 
Os sindicalistas ainda esperam que antes disso, o Governo se manifeste com relação à regularização do piso, previsto para janeiro. "A ausência de diálogo é prejudicial", disse Fátima.
 
No ano passado, a greve dos professores demorou mais de 100 dias e só parou quando a categoria conseguiu um reajuste de 34% que está sendo cumprido. A nova discussão sobre greve tem a ver com o não-cumprimento do reajuste do piso que deve ser dado obrigatoriamente em janeiro.
 
O Ministério da Educação (MEC) arredondou o índice de reajuste em 22,22%, que eleva o piso para R$ 1.430 para uma carga horária de 40 horas semanais. A lei do piso determina que nenhum professor pode receber menos do valor determinado por uma jornada de 40 horas semanais. 

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