quarta-feira, 14 de março de 2012

Anvisa proíbe uso de aditivos para dar sabor ao cigarro

 
Para especialista em tabagismo, os aromatizantes tornam o cigarro mais atraente aos jovens 
A indústria do cigarro sofreu mais um golpe ontem, terça-feira (13). A diretoria da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou por unanimidade a resolução que proíbe o uso de aditivos que dão sabor a produtos derivados de tabaco, como mentol e cravo. O uso do açúcar, porém, continua permitido.
A indústria terá 18 meses para adequar os cigarros à nova regra. No caso de outros derivados de tabaco, como os fumos para cachimbos, o prazo é de 24 meses. A decisão não vale para produtos exportados para outros países.
De 2007 a 2010, subiu de 21 para 40 o número de marcas de cigarro com aromatizantes, segundo a Vigilância Sanitária. Uma pesquisa feita em 13 capitais pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) indica que o cigarro com sabor é o preferido entre adolescentes brasileiros que começam a fumar.
"O cigarro da década de 60 e 70 não era agradável, mas havia uma propaganda que incentivava o consumo", explica a cardiologista Jaqueline Issa, do Instituto do Coração (Incor).
"À medida que houve uma restrição da publicidade, a indústria precisou criar um produto mais atraente." De 15% a 17% da população brasileira é fumante hoje em dia. "Para alcançarmos um dígito, o caminho é difícil e essas coisas que parecem pequenos detalhes passam a ter uma importância enorme", comenta.
Font: UOl

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