É quase possível enxergar o sorriso da catadora de recicláveis Ercília Stanciany da Silva Mozer, 41, na entrevista concedida por telefone ao UOL. O sotaque mineiro também se sobressai enquanto ela conta a nova rotina que, agora, inclui aulas no curso de artes plásticas na Ufes (Universidade Federal do Espírito Santo).
O dado mais curioso da história é que Ercília encontrou seu material de estudo enquanto trabalhava, ou seja, no meio do material descartado para a reciclagem. "Uma das coisas que mais chamou a atenção foi o desperdício do material", afirma Everaldo Mozer, 47, marido de Ercília. "Acho isso um absurdo isso que estão fazendo: em vez de pegar o livro e doar, joga fora. Se não tem mais utilidade que devolva para escolas, colégios, biblioteca.”
Ercília já pensa em retribuir o que aprendeu: “quando terminar minha casa aqui quero fazer uma biblioteca em um cômodo nos fundos. Quero ajudar pessoas que talvez estejam com o mesmo problema que eu tive".
15 minutos de fama
Ercília lembra que desde que sua história saiu na imprensa ela passou a ser reconhecida por onde anda. “Nossa já tirei tanta foto. Quase sempre alguém lá da universidade me para e tira uma foto”, conta a universitária, rindo da situação.
Apesar dessa repercussão positiva, ela destaca que há pessoas que querem usar sua história de forma errada. “Tem muita imprensa sensacionalista me procurando. Já me ofereceram até passagem para eu ir a um programa de televisão. Mas não quero isso. Não quero ficar na rede de televisão para ficar falando os pontos negativos da minha história. Quero passar as coisas boas, se meu exemplo de vida servir para uma pessoa que seja, então já vai ter valido a pena”, desabafou.
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Fonte: Uol Notícias
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