Nota da direção alerta para a possibilidade de faltar
alimentação para os enfermos
(Foto: Kamylla Nascimento)
alimentação para os enfermos
(Foto: Kamylla Nascimento)
A estudante universitária Kamylla Nascimento enviou, pelo VC no G1,
denúncia a respeito do Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, em Natal,
maior unidade hospitalar pública do Rio Grande do Norte. De acordo com
ela, o hospital está com o estoque de alimento reduzido e, por isso,
precisou readaptar a dieta dos pacientes. Também faltam talheres e
comida para os acompanhantes. “Falta remédio, inclusive. Os médicos
orientam às pessoas que têm condições que comprem os medicamentos,
porque no hospital tá faltando tudo”, reclamou.
A avó de Kamylla Nascimento, a aposentada Maria Soledade de Lima, de 78
anos, está internada no Walfredo Gurgel há três semanas, vítima de três
Acidentes Vasculares Cerebrais (AVCs) consecutivos. A avó da estudante
aguarda a realização de uma ressonância magnética, procedimento que,
segundo ela, ainda não foi marcado. "Ninguém nos explica porque ainda
não marcaram o exame", reclamou Kamylla.
Nota da redação: a assessoria de imprensa do
hospital confirmou o défcit no fornecimento de alimentos. Segundo a
própria assessoria, o motivo da falta de alguns tipos de refeições
ocorre pela falta de pagamento aos fornecedores. De toda forma, a equipe
de nutrição do Walfredo Gurgel afirma que a dieta calórica dos
pacientes não foi alterada devido à adaptação do cardápio.
Pelo VC no G1, inclusive, a universitária Kamylla
Nascimento enviou uma fotografia onde mostra o cartaz onde a direção da
hospital confirma que a escassez de alimentação se dá pela falta de
pagamento aos fornecedores. O comunicado é assinado pela chefe da
Divisão de Nutrição e Dietética da unidade, Maria Eliza R. Diógenes
Freitas, datado do dia 23 de outubro, última terça-feira.
Segundo a Nota de Esclarecimento, os cardápios das dietas dos
pacientes, acompanhantes e funcionários foram alterados em razão da
pouca quantidade de comida que o hospital dispõe.
A paciente Maria Soledade reside em Poço Branco, cidade distante 59
quilômetros de Natal. Ela foi levada ao Hospital Walfredo Gurgel porque
as unidades hospitalares do município não possuem equipamentos para
tratar da referida enfermidade.
Homem internado no corredor do Walfredo protesta
(Foto: Ricardo Araújo/G1)
(Foto: Ricardo Araújo/G1)
Kamylla afirma que, ao dar entrada no hospital, a avó tinha várias
opções de alimentação, mas isso mudou desde que ocorreu o problema de
escassez de comida. Isso, segundo ela, também ocorre com os
acompanhantes. "Agora servem apenas um pão com um copo de café para quem
acompanha os pacientes", afirmou a estudante.
Ainda de acordo com a denúncia, há muitas pessoas que saem do interior
do estado para acompanhar os pacientes internados e necessitam das
refeições oferecidas pelo Governo. Outro problema relatado pela
estudante relata a falta de talheres descartáveis. "Eles estão pedindo
para que os acompanhantes lavem e guardem os talheres plásticos", disse
ela.
Fonte: G1 RN
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