sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Menino de quatro anos é internado no Hospital Tarcísio Maia com sinais de espancamento

Conselheira tutelar, Lúcia Góis diz que a criança está traumatizada (Marcos Lima)
 Conselheira tutelar, Lúcia Góis diz que a criança está traumatizada (Marcos Lima)

Um menino de quatro anos de idade está internado no Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM) com sinais de espancamento. Segundo a assistente social do hospital, Raíssa Freire, a criança deu entrada no hospital na noite da última quarta-feira, 9. "A vítima foi trazida pela mãe e está bastante traumatizada. A mãe dele conta que saiu de casa e quando chegou o encontrou machucado", conta a assistente social.

Ainda de acordo com Raíssa Freire, não está descartada a possibilidade de agressão sexual. "Os ferimentos dele davam conta de uma agressão sexual, mas são necessários exames para confirmar. A mãe dele não fala muita coisa", comenta a assistente social. A equipe do hospital denunciou o caso ao Conselho Tutelar. Lúcia Góis, conselheira tutelar da 34ª Zona, falou com a criança e com a mãe.

"A criança está bastante machucada e traumatizada. Segundo a mãe, ela havia saído para fazer a matrícula de outros filhos e quando chegou em casa encontrou o menino machucado e assistindo televisão. Ela diz que não sabe o que aconteceu", afirma a conselheira tutelar. Lúcia Góis explica que a mãe e o menino residem no assentamento Paulo Freire, na BR-304. Na mesma casa moram várias famílias.

"São várias famílias morando no mesmo local. No momento da agressão havia pessoas em casa, mas a mãe diz que ninguém viu o que ocorreu. Ela disse que não vive mais com o pai da criança, mas sim com outro homem. Amanhã, uma equipe do Conselho Tutelar irá ao local para verificar essa família", destaca Lúcia Góis.
A conselheira tutelar esclarece que o órgão recebe denúncias de espancamento todos os dias. "Sempre recebemos esse tipo de denúncia e geralmente os violadores são a mãe ou o pai. No entanto, esse caso é bem mais grave porque a criança está muito machucada. Além disso, existe a possibilidade de se tratar de uma agressão sexual", comenta a conselheira.

Lúcia Góis também afirma que o Conselho Tutelar acionou a polícia para investigar o caso, além da Promotoria da Infância e Juventude. O titular da 1ª Delegacia de Polícia Civil, Fábio Montanha, explica que a criança está em estado de choque e deverá ser entrevistada por um psicólogo.

"O depoimento do menino será a entrevista. Vamos solicitar ao Itep (Instituto Técnico-Científico de Polícia) um exame de corpo delito e interrogar os familiares", destaca o delegado. 

Fonte: Jornal O Mossoroense

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