O presidente da Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte,
Benes Leocádio, estimou que o déficit de médicos na rede pública dos
municípios potiguares fica entre 300 e 400 profissionais. Ele elogiou o
programa “Mais Médicos para o Brasil”, lançado ontem pela presidente
Dilma Rousseff, mas observou que a proposta do Governo Federal pune os
municípios que já estavam cumprindo as obrigações de contratação dos
médicos.
A ressalva do presidente da Femurno ocorre porque pelo projeto do
Governo Federal nas prefeituras será pago, diretamente pela União, R$ 10
mil de salário ao médico e outros R$ 4 mil de ajuda para completar o
restante da equipe dos programas Saúde da Família.
“Mas e com as prefeituras que já estão com médicos e custeando essas
despesas? De repente vai ficar mais vantajoso o prefeito encerrar os
contratos, que são precários, e aderirem todos ao programa do Governo
Federal”, disse Benes Leocádio.
Ele reconheceu que o programa da União é um “alívio” para os
prefeitos, que não precisarão se responsabilizar pelo pagamento dos
médicos. “É um contrato direto com o Governo Federal. Mas ele (o Governo
Federal) poderia assumir com todos os profissionais, essas contratações
oneram para o município com as obrigações (previdenciárias)”, disse o
presidente da Femurn.
Ele participou, no início da noite de ontem, de uma reunião com a
ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, onde foi anunciado
que haverá aumento no Piso de Atenção Básica, o valor repassado por
município de acordo com o número de habitantes.
Para participação da presidente Dilma Rousseff hoje, na Marcha dos
Prefeitos, está sendo aguardada também uma ajuda financeira para as
prefeituras de até 50 mil habitantes. Essa é a sinalização já dada pelo
Governo Federal aos prefeitos.
Fonte: Blog Panorama Político
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