Francisco Ferreira morreu em junho desse ano; teria que pagar multa por improbidade
O ex-prefeito de Pilões, Francisco Ferreira Sobrinho, o “Leleco”, foi
condenado por ter realizado contratações irregulares. No processo, que é
de 2001, consta que ele deverá pagar multa, não pode mais contratar com
o poder público e nem receber benefícios ou incentivos. A sentença não
tem nenhum efeito. O processo que resultou na condenação é de 2001 e o
condenado está morto. Ele faleceu em junho desse ano, em um acidente de
carro.
Por meio do Twitter, o Ministério Público Estadual do RN, autor da Ação
Civil Pública que resultou na condenação, informou o resultado do
processo. Leleco, como era mais conhecido o médico, teria que pagar
valor equivalente a vinte vezes a remuneração que recebia quando era
gestor de Pilões, município situado na região Alto Oeste do estado. Além
disso, se vivo, não poderia mais fazer contratos com o poder publicou
receber qualquer apoio.
No processo ficou provado que o prefeito havia contratado servidores
sem respeitar previsão legal que obriga o gestor a realizar concurso
público para o provimento de cargos públicos. Por lei, existem algumas
exceções em que o concurso é dispensado. No caso de Pilões, no entanto,
não havia previsão legal, configurando a improbidade administrativa.
Apesar da ilegalidade da conduta do ex-prefeito, a juíza que assinou a
sentença condenatória afirmou que seus atos não geraram danos diretos ao
dinheiro público. Significa dizer que ele agiu de forma incorreta, mas
não obteve vantagem financeira, por exemplo. No entendimento da justiça,
mesmo sem prejuízo financeiro há a improbidade administrativa.
A MORTE
O “Doutor Leleco” ou “Ferreirinha” morreu aos 53 anos, vítima de um
acidente ocorrido no dia 28 de junho deste ano, na zona rural de
Alexandria. Ele seguia de carro, com destino à Pilões, quando colidiu
com uma vaca. Ele foi socorrido com vida, mas não resistiu.
O médico atuava como professor do curso de Medicina da Universidade
Potiguar (UnP) e também da Universidade Federal do Rio Grande do Norte
(UFRN). Além disto, desempenhava a função de médico legista no Instituto
Técnico-Científico de Polícia (ITEP).
Fonte: Jornal de Fato
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