
Hulk joga e mora na Rússia atualmente, mas tem
uma escolinha de futebol e está construindo um
centro de treimamento em Campina Grande
(Foto: Leandro Canônico / Arquivo)
uma escolinha de futebol e está construindo um
centro de treimamento em Campina Grande
(Foto: Leandro Canônico / Arquivo)
O jogador Hulk, atleta do Zenit da Rússia e da Seleção Brasileira de
futebol, está sendo cobrado na Justiça da Paraíba por uma dívida de R$
1,2 milhão. De acordo com o advogado da empreiteira R. Lins Construções,
Serviços e Locações, seus clientes foram contratados para obras de
construção de um Centro de Treinamento do jogador em Campina Grande
e reforma da casa de seus familiares. Porém, os autores da ação dizem
ter recebido apenas R$ 300 mil dos R$ 1,5 milhão acertados. A defesa do
jogador diz que empreiteira deixou de cumprir com algumas obrigações e,
com isso, quebrou o contrato.
O coordenador da escolinha do jogador (CT H12), que funciona no bairro
do Catolé, reconheceu que as obras foram paralisadas, mas informou que a
pessoa responsável pelo acompanhamento da construção seria um parente
do atleta e que Hulk não teria motivos para deixar de arcar com
quaisquer compromissos financeiros. Ele não passou os contatos de tal
parente.
Por volta da meia-noite da sexta-feira, a assesoria jurídica do jogador paraibano procurou o G1
e informou que a questão judicial envolvendo o nome do atleta trata-se
de uma "quebra de contrato", que se deu quando a empresa deixou de
cumprir com sua parte durante obras de construção de um Centro de
Treinamento em Campina Grande.
O processo 0028296-54.2013.815.0011 tramita na 3ª Vara Cível de Campina
Grande desde 7 de novembro do ano passado e está em fase inicial. As
partes já foram citadas e ainda não houve contestação da defesa do
paraibano.
Segundo o advogado Paulo de Tarso, a empresa tentou um acordo
extrajudicial com Hulk, mas não obteve resposta. A proprietária e seu
marido foram contratados para realizar a primeira e segunda etapas do
Centro de Treinamento, no bairro do Mirante, área nobre da cidade. Ele
diz que foram realizados serviço de dinamitação, aterramento de
barragem, terraplanagem e construção parcial do muro que cerca uma área
de quatro hectares.
"Toda a obra obedeceu os trâmites legais e o autor da ação gastou cerca
de R$ 1,5 milhão nas obras, mas recebeu apenas R$ 300 mil depositados
numa conta de pessoa jurídica em nome da microempresa, o que deixa Hulk
em situação de inadimplência total. Os autores da ação primeiro tentaram
chegar a um acordo com o jogador. Mas, sem respostas, acabaram
acionando o jogador na Justiça. Meu cliente precisou se endividar para
cumprir a obra e agora está em situação difícil", destacou o advogado.
Ainda conforme Paulo de Tarso, no processo foram incluídas fotografias
da obra feita, minutas dos contratos e recibos pagos, além de uma planta
do terreno original para comparativos antes e depois das obras. O
advogado quer que o juiz indique um engenheiro do Conselho Regional de
Engenharia e Agronomia (Crea) da Paraíba, para que ele avalie o custo da
obra.
"No último dia do expediente judiciário de 2013 [19 de dezembro] o
advogado de Hulk tirou o processo do cartório para fazer a contestação.
Ele tem 15 dias para fazer isso a contar do dia 20 de janeiro, quando
termina o recesso judiciário", explicou o advogado.
No entanto, de acordo com a advogada Marisa Alija, que defende o
jogador, as acusações feitas pela empreiteira não correspondem à verdade
e que Hulk está "tranquilo, embasado judicialmente e tem como comprovar
as verdades dos fatos".
Segundo Marisa, o contrato entre Hulk e a empreiteira R. Lins
Construções, Serviços e Locações foi de fato firmado, mas ao longo dos
dias a empresa teria deixado de cumprir com a parte dela na execução das
obras, deixando inclusive de pagar a funcionários responsáveis pelo
andamento da obra, o que teria configurado a quebra de contrato.
Do G1 PB
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