Claudio Vaz-Agência RBS/Estadão
"Corpo do menino Bernardo Uglione Boldrini foi enterrado no dia 16 de abril"
A enfermeira Graciele Ugulini afirmou que o médico Leandro Boldrini,
marido dela e pai de Bernardo Uglione Boldrini, não participou do
assassinato do garoto, em depoimento prestado nesta quarta-feira, 30, na
Penitenciária de Ijuí, no noroeste do Rio Grande do Sul. A informação
foi repassada a repórteres de emissoras locais pelo advogado de
Graciele, Vanderlei Pompeo de Mattos. A polícia não comentou a versão.
Bernardo
tinha 11 anos e desapareceu no dia 4 de abril. A partir de imagens
coletadas por câmeras de vigilância, a polícia chegou à assistente
social Edelvânia Werganovicz, que apontou o local onde o garoto foi
enterrado. O corpo foi encontrado no dia 14 em um matagal em Frederico
Westphalen, a 80 quilômetros de Três Passos, onde a família mora.
A
polícia está convicta de que Graciele e Edelvânia saíram da casa da
assistente social com o garoto vivo e voltaram sem ele. A delegada
Caroline Bamberg Machado sustenta que o pai, a madrasta e a assistente
social estão envolvidos com o crime, mas ressalva que falta esclarecer
qual foi a participação de cada um.
A versão de Graciele reforça a
tese de inocência do médico defendida pelo advogado dele, Jáder
Marques. Mattos ressaltou que o crime não foi premeditado e nem
confessado pela enfermeira. Mas não deu outros detalhes do depoimento.
Enquanto
Graciele segue na penitenciária de Ijuí, os outros dois suspeitos foram
transferidos nos últimos dias porque teriam sofrido ameaças de outros
presos. Leandro está em uma penitenciária de alta segurança em
Charqueadas e Edelvânia em um presídio feminino em Guaíba. As duas
cidades ficam na Região Metropolitana de Porto Alegre.
Fonte: Estadão.msn
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