Ronaldo encarou a sabatina do jornal Folha de S. Paulo nesta quinta-feira (29.05.14) Jorge Araujo/Folhapress
O ex-atacante da seleção brasileira Ronaldo disse nesta quinta-feira
que as autoridades devem conter a violência em eventuais protestos na
Copa do Mundo e defendeu "baixar o cacete" em vândalos.
"Os
protestos são sempre válidos... Mas no momento que tem vândalos
mascarados, a polícia tem que conter. Acho que o povo brasileiro está em
um momento de exigir coisas em diversos setores. Só que parece que
acordou todo mundo e tem muitas opiniões soltas e um pega do outro e
ninguém sabe para onde ir", afirmou Ronaldo em sabatina do jornal Folha
de S. Paulo.
"Sobre os vândalos, acho que tem que baixar o cacete neles, tirar da rua", completou.
A probabilidade de manifestações violentas é uma das maiores
preocupações do governo brasileiro e da Fifa à medida que se aproxima o
dia 12, início do Mundial, com a partida entre Brasil e Croácia, em São
Paulo.
Em entrevista à Reuters, o secretário paulista de
Segurança Pública, Fernando Grella, disse que a polícia está preparando
possíveis acusações criminais contra um pequeno grupo de líderes dos
manifestantes, que, segundo ele, estão conspirando para ?cometer atos de
violência, quebrar, depredar, agredir pessoas?.
Nesta
quinta-feira, os ministérios da Justiça e Defesa informaram em nota
conjunta que o planejamento de segurança para a Copa terá uma ação
integrada entre as forças de segurança dos Estados e dos dois
ministérios.
"Em consonância com este planejamento, o governo
federal disponibilizou efetivos complementares das Forças Armadas para
reforçar áreas de interesse operacional, desde que exista a concordância
do governo estadual", afirmaram no comunicado.
Membro do Comitê
Organizador Local (COL) da Copa, Ronaldo voltou a criticar os
preparativos do Brasil, como havia feito à Reuters na semana passada.
Ele reafirmou se sentir envergonhado com os atrasos e os problemas de
infraestrutura nas cidades-sede do torneio.
"Como eu disse para a
Reuters, a minha vergonha é pela população que esperava realmente esses
grandes investimentos, esse grande legado de Copa do Mundo para eles
mesmos, para população, reformas de aeroportos, mobilidade urbana. Tudo
que foi prometido e não foi entregue", afirmou à Folha.
Por Tatiana Ramil
Do Site Bol
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