Foto: Thomas Hodel / Reuters
Mundial de 2014 é o mais caro da história
A Fifa defendeu-se nesta terça-feira das críticas pelas quais estaria faturando alto com a Copa do Mundo
mais cara de todos os tempos, às custas do povo brasileiro. A
entidade disse em comunicado que pagou os 2 bilhões de dólares (R$ 4,5
bilhões) em custos operacionais do Mundial com dinheiro proveniente da
venda de direitos de TV e marketing e que nenhum centavo de dinheiro do
contribuinte brasileiro foi gasto neste tipo de despesa.
O Mundial com 32 países começa na quinta-feira e teve um custo total para o Brasil
de 25,8 bilhões de reais (11,6 bilhões de dólares) em investimentos,
incluindo estádios, aeroportos, transporte urbano e outros projetos de
infraestrutura. Um terço dos recursos foi gasto para construir ou
reformar os estádios das 12 cidades-sede.
A Fifa afirmou que foi uma escolha do Brasil construir
12 estádios, em vez de optar por oito ou 10, e que entre os
investimentos há projetos de infraestrutura que não são diretamente
relacionados ao Mundial, os quais ficarão como legado para o país.
Muitos brasileiros consideram o montante de dinheiro gasto excessivo
para um país em desenvolvimento que possui prioridades mais urgentes e
os críticos alegam que o dinheiro deveria ter sido empregado na melhoria
de serviços públicos deficientes nas áreas de saúde, educação e
transporte.
Os altos custos causaram desilusão com o principal
evento de um esporte pelo qual os brasileiros são apaixonados.
Manifestações contra o torneio, como as realizadas durante a Copa das
Confederações no ano passado, continuam a ameaçar o andamento do
Mundial.
Parte dos brasileiros acredita que a Fifa transformou a
Copa em um grande negócio, ao ponto de obrigar o país a modificar suas
leis para permitir a venda de bebidas alcoólicas produzidas por
patrocinadores dentro dos estádios.
Outra crítica comum está relacionada ao preço dos
ingressos e a Fifa afirma que há ingressos disponíveis por preços
considerados baratos quando comparados a outros eventos esportivos como a
Olimpíada, corridas de Fórmula 1 e torneios de tênis.
A Fifa também negou que tenha exigido isenção fiscal aos
seus patrocinadores e a suas atividades comerciais durante a Copa,
embora tenha solicitado a flexibilização de regras alfandegárias para
importação de materiais necessários para a organização do torneio, tais
como computadores, bolas de futebol e outdoors eletrônicos, disse a
entidade no comunicado.
A entidade rejeitou ainda acusações de que tenha
demandado o despejo de pessoas que moravam perto dos estádios
construídos ou reformados, ou que tenha afastado vendedores ambulantes
dos arredores dos locais de realização das partidas.
Foto: Ronen Zvulun / Reuters
Joseph Blatter enfrenta protestos e críticas contra lucro da Fifa com Copa no Brasil
Devido a preocupações de segurança, ambulantes tiveram
que se cadastrar para vender somente produtos autorizados ao redor dos
estádios e para isso receberam treinamento e uniformes, disse o
comunicado da Fifa.
A Copa do Mundo de 2010 na África do Sul gerou uma
arrecadação total de 3,65 bilhões de dólares (R$ 8,14 bilhões) para a
Fifa, incluindo US$ 2,4 bilhões (R$ 5,35 bilhões) em direitos de
transmissão pela TV, mas excluindo a renda da venda de ingressos. Os
gastos totais foram de US$ 1,3 bilhão (R$ 2,90 bilhões), de acordo com a
Fifa.
Fonte: Terra
Nenhum comentário:
Postar um comentário