terça-feira, 10 de junho de 2014

Deputada estadual Gesane Marinho anuncia desligamento do PSD

Gesane Marinho anuncia apoio a Henrique Alves para governador 
Gesane Marinho deixará seu partido

A deputada estadual Gesane Marinho anunciou nesta terça-feira (10) que vai se desligar do PSD, partido que ajudou a fundar no Rio Grande do Norte, quando seu mandato for concluído, em 31 de dezembro. Segundo a parlamentar, não há sentido em permanecer em uma legenda a quem ela foi fiel, mas que não correspondeu à sua lealdade no momento em que a deputada mais precisou.

“Eu nem tinha pensando nisso [em deixar o PSD], mas não tem sentido em permanecer no PSD. Vou terminar meu mandato e depois analisar para onde vou”, declarou a deputada por telefone à reportagem do portalnoar.com.

Apesar de sair do partido, a deputada promete que manterá atuação na vida pública. Para esse ano, seus planos são os de terminar o mandato e trabalhar na campanha que se avizinha.

Detentora de quase 50 mil votos nas últimas eleições, a deputada estadual com base política no Agreste comenta ainda que se sentiu expulsa do grupo capitaneado pelo vice-governador Robinson Faria. Ela explica que, ao emitir nota à imprensa anunciando que não seria candidata, jamais chegou a anunciar que estava rompendo. “Mas a nota do deputado José Dias, que foi um recado para mim, tratou de fazer isso”.

Correligionário de Gesane, José Dias emitiu na segunda-feira repercutindo a saída da deputada. Para a parlamentar foi a senha de sua expulsão. “Foi a própria nota de José Dias que disse que eu não fazia mais parte do grupo”, justificou Gesane, acrescentando que foi isso que lhe deu elementos para tratar do apoio à candidatura ao Governo do Estado do deputado Henrique Alves.

O hiato entre Gesane e a direção do PSD ganhou saiu dos intramuros para ganhar as editorias de política quando o PT não aceitou se coligar na proporcional para a disputa pelas 24 cadeiras da Assembleia Legislativa. Por quase três meses, a deputada vinha chamando a atenção do partido para a necessidade de costurar um acordo político para a disputa do parlamento estadual, mas, conforme Gesane, o assunto foi negligenciado.

Primeiro, historiou a deputada, houve a negativa do PT em fazer aliança para a proporcional estadual, restringindo a parceria com o PSD às candidaturas ao Governo do Estado e ao Senado. Depois PTB e PCdoB fizeram tratativas, também infrutíferas.

“Além disso, houve a questão das lideranças, que devem receber orientação de votar nos candidatos do partido. Até sexta-feira, eu não tinha recebido nenhum apoio. Pelo contrário, trouxe apoios de prefeitos e vereadores para votar no projeto do PSD. Lideranças da minha região estavam sendo orientadas a votar em candidatos da região Oeste”, ressaltou Gesane.

A deputada analisa ainda que o ocorrido no PSD é o invesso do que o DEM fez com a governadora Rosalba Ciarlini. “A preocupação do PSD é com o Executivo. As pessoas se preocuparam em resolver os problemas de fora, do que os de casa. Terminou-se que as provas de lealdade foram para os de fora. Eu dei uma prova de lealdade em 2011, quando todos saíram do grupo, quando rompeu com o governo. Não houve esse retorno. Não fui ouvida em relação aos partidos”.

Indagada se há mágoa, ela não esconde: “Fico triste com isso que aconteceu. Só lamento”.

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