Paciente com exoesqueleto (Foto: Terra)
Um dos momentos mais emocionantes na cerimônia de abertura da Copa do
Mundo, o chute do paraplégico Juliano Pinto na bola oficial do torneio
terminou em decepção nas redes sociais. Internautas se queixaram de que a
transmissão durou pouco mais de um segundo e mostrou apenas a parte
final do movimento. Logo depois, a televisão voltou a mostrar a festa.
No Twitter, internautas brasileiros e de outros países comentaram a
frustração com o lance. “Por que não mostraram o pontapé inicial com um
exoesqueleto?”, questionou uma internauta de Madri, na Espanha.
“Perdemos o chute com o exoesqueleto. A televisão achou importante
mostrar o ônibus [da seleção brasileira] entrando no estádio!”, criticou
um internauta de Porto Alegre.
Desenvolvido pelo neurocientista Miguel Nicolelis, o exoesqueleto –
estrutura metálica que dá sustentação a parte do corpo – movimenta-se
por meio de comandos do cérebro. Desenvolvido desde 2001, o equipamento
custou R$ 33 milhões.
O Comitê Organizador Local (COL) da Copa e a Federação Internacional
de Futebol (Fifa) não esclareceram por que a bola foi lançada da lateral
do campo, em vez de partir do centro do gramado, com mais visibilidade.
Por meio da assessoria de imprensa, Nicolelis elogiou a equipe e os
pacientes que participaram da pesquisa. “Foi um grande trabalho de
equipe e destaco, especialmente, os oito pacientes, que se dedicaram
intensamente para este dia. Coube a Juliano usar o exoesqueleto, mas o
chute foi de todos. Foi um grande gol dessas pessoas e da nossa
ciência”, informou. No Twitter, Nicolelis não comentou a exibição do
chute. Apenas comemorou o resultado do experimento. “Nós conseguimos”,
postou, em inglês.
Fonte: Gazeta do Oeste
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