terça-feira, 10 de junho de 2014

Professores da Ufersa descartam greve para o mês de junho

José Torres Filho - ADUFERSA - EN (3)

A possibilidade de greve por parte dos professores da Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA) para este mês de junho foi descartada. Embora houvesse uma predisposição dos docentes, a categoria optou por seguir o que foi decidido em assembleia nacional, que considerou o momento inviável para uma paralisação.

Segundo o presidente da Associação dos Docentes da Ufersa (ADUFERSA), o professor José Torres Filho, na quinta-feira passada, 5, os educadores da instituição, reunião, se mostraram dispostos a iniciar uma paralisação no próximo dia 12.

O posicionamento foi levado para a reunião do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN), realizada no sábado, 7, em Brasília. Das 38 seções sindicais presentes, no entanto, 26 se posicionaram contrárias à greve neste momento, nove foram favoráveis a uma paralisação no mês de junho e três se abstiveram da decisão.

Os detalhes da reunião realizada em Brasília serão repassados à categoria local por um professor da Ufersa que participou da assembleia do Andes-SN, amanhã, 11. Porém, mesmo sendo favoráveis ao movimento paredista, os professores da Ufersa seguirão a decisão nacional.

De acordo com José Torres Filho, as insatisfações que levaram a categoria a cogitar a greve estão relacionadas à questão salarial, pois, apesar de haver um reajuste de 5%, o percentual é inferior à inflação, o que ocasiona perda do poder aquisitivo. Outro ponto diz respeito à carreira, uma vez que as propostas dos docentes diferem das do Governo.

A categoria reivindica ainda autonomia que, de acordo com José Torres Filho, na prática não ocorre, embora seja um direito da instituição, e condições de trabalho, que possibilitem o ensino, pesquisa e extensão.

A última greve realizada por professores da Ufersa aconteceu no ano de 2012. Segundo José Torres Filho, a paralisação se estendeu de maio a setembro e todas as instituições, com exceção da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) aderiram ao movimento.

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