A jornalista Vera Araújo foi presa pelo sargento Edmundo Faria, da
Polícia Militar (PM), quando se recusou a parar de filmar a detenção de
um torcedor argentino que urinava nas proximidades do Estádio do
Maracanã, zona norte da cidade.
De acordo com o sindicato, “ela foi algemada, agredida, impedida de
usar seu celular e, dentro da viatura, deu voltas por diversos bairros
antes de ser levada à Cidade da Polícia, onde a ocorrência foi
registrada. No mesmo dia, Kátia foi atingida por uma bomba disparada
pela PM em protesto perto do estádio, que a feriu gravemente nas
costas”.
A nota acrescenta que “diante da escalada de violações direcionadas à
nossa categoria, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município
do Rio contratou o advogado Lucas Sada, especializado em direito
criminal, para auxiliar os associados, que já contam hoje com
assistência nas áreas cível e trabalhista. Orientamos ainda os
profissionais que foram agredidos por policiais que busquem o sindicato
para entrar com ações judiciais por danos morais contra o Estado.
Estudamos ainda entrar com uma ação civil pública que, atuando de forma
coletiva, possa conter a violência contra os jornalistas no Rio”.
O Sindjor Rio deve enviar amanhã (17) ofícios ao governo estadual,
representado pelo gabinete do próprio governador Luiz Fernando Pezão,
pela Secretaria de Segurança Pública e pelo comando da PM, e também ao
Ministério Público, solicitando que sejam tomadas providências e feita
uma rigorosa apuração dos culpados pelos episódios envolvendo as
jornalistas Vera Araújo e Kátia Carvalho. As denúncias dos profissionais
de imprensa que sofrerem agressões enquanto trabalham podem ser
feitas pelos telefones de plantão do sindicato (21) 99439 2951 e (21)
99278-2137.
Segundo relata o sindicato, o número de casos de violência contra
jornalistas na cidade é crescente. De maio de 2013 a maio deste ano
foram agredidos ou hostilizados 73 profissionais no Rio, sendo que um
deles, o repórter cinematográfico Santiago Andrade, morreu. A maioria
das situações (80%), assegura o Sindjor Rio, foi provocada por policiais
militares.
Fonte: Noticias ao Minuto
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