Foto: Ney Rubens / Especial para Terra / Reprodução
Jorge chorou ao reconhecer local, diz advogado
Jorge Lisboa Rosa Sales, primo do goleiro Bruno
Fernandes, já indicou à polícia o local onde estaria o corpo de Eliza
Samudio, ex-amante do atleta. Jorge chegou nesta quinta-feira a Belo
Horizonte, por volta das 5h da madrugada, escolatado por policiais
militares do Rio de Janeiro. Ele estava acompanhado pelo advogado Nélio
Andrade, ligado à rádio Tupi, também do Rio. Anteriormente, em
entrevista à emissora, o jovem disse saber onde estava o corpo, pois teria judado a enterrá-lo.
Segundo o advogado, Jorge disse que saberia mostrar o
local se eles saíssem da casa do ex-policial civil Marcos Aparecido dos
Santos, o Bola, que seria o executor da vítima, e que seria perto do
aeroporto de Confins. Após cerca de duas horas, o rapaz conseguiu
indicar um lote vago, na região metropolitana de Belo Horizonte, porém
mais perto do sítio de Bola que do aeroporto. Mas como ele havia
diantado, a área tinha um coqueiro e vegetação alta. "Ele deu 100% de
certeza de ser ali", afirmou o delegado Wagner Pinto, um dos
responsáveis pela investigação.
Foto: Ney Rubens / Especial para Terra
Delegado Wagner Pinto ouve primo de Bruno nesta quinta-feira
O caso Bruno
Eliza Samudio desapareceu no dia 4 de junho de 2010 após ter saído do Rio de Janeiro para ir a Minas Gerais a convite de Bruno. Vinte dias depois a polícia recebeu denúncias anônimas de que Eliza havia sido espancada por Bruno e dois amigos dele até a morte no sítio de propriedade do jogador, localizado em Esmeraldas, na Grande Belo Horizonte. O filho de Eliza, então com quatro meses, teria sido levado pela mulher de Bruno, Dayanne Rodrigues. O menino foi achado posteriormente na casa de uma adolescente no bairro Liberdade, em Ribeirão das Neves.
Eliza Samudio desapareceu no dia 4 de junho de 2010 após ter saído do Rio de Janeiro para ir a Minas Gerais a convite de Bruno. Vinte dias depois a polícia recebeu denúncias anônimas de que Eliza havia sido espancada por Bruno e dois amigos dele até a morte no sítio de propriedade do jogador, localizado em Esmeraldas, na Grande Belo Horizonte. O filho de Eliza, então com quatro meses, teria sido levado pela mulher de Bruno, Dayanne Rodrigues. O menino foi achado posteriormente na casa de uma adolescente no bairro Liberdade, em Ribeirão das Neves.
No dia seguinte, a mulher de Bruno foi presa. Após serem
considerados foragidos, o goleiro e seu amigo Luiz Henrique Romão, o
Macarrão, acusado de participar do crime, se entregaram à polícia. Pouco
depois, Flávio Caetano de Araújo, Wemerson Marques de Souza, o Coxinha
Elenilson Vitor da Silva e Sérgio Rosa Sales, outro primo de Bruno,
também foram presos por envolvimento no crime. Enquanto a polícia fazia
buscas ao corpo de Eliza, um motorista de ônibus denunciou o primo do
goleiro como participante do crime. Apreendido, jovem de 17 anos relatou
à polícia que a ex-amante de Bruno foi mantida em cativeiro e executada
pelo ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, conhecido como
Bola, que a estrangulou e esquartejou seu corpo. Ainda segundo o relato,
o ex-policial jogou os restos mortais para seus cães.
No dia 30 de julho, a Polícia de Minas Gerais indiciou
todos pelo sequestro e morte de Eliza, sendo que Bruno foi apontado como
mandante e executor do crime. No início de dezembro, Bruno e Macarrão
foram condenados pelo sequestro e agressão a Eliza, em outubro de 2009,
pela Justiça do Rio. O goleiro pegou quatro anos e seis meses de
prisão.
Em 17 de dezembro, a Justiça mineira decidiu que Bruno,
Macarrão, Sérgio Rosa Sales e Bola seriam levados a júri popular por
homicídio triplamente qualificado, sendo que o último responderá também
por ocultação de cadáver. Dayanne, Fernanda, Elenilson e Wemerson
responderiam por sequestro e cárcere privado.
No dia 19 de novembro de 2012, foi dado início ao julgamento de Bruno,
Bola, Macarrão, Dayanne e Fernanda. Dois dias depois, após mudanças na
defesa do goleiro, o tribunal decidiu desmembrar o processo. O júri
condenou Macarrão, a 15 anos de prisão, e Fernanda Gomes de Castro, a
cinco anos. No dia 8 de março de 2013, Bruno foi condenado a 22 anos e
três meses de prisão, dos quais 17 anos e seis meses terão de ser
cumpridos em regime fechado. Dayanne Rodrigues do Carmo, ex-mulher do
goleiro e acusada de ser cúmplice no crime, foi absolvida. O ex-policial
Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, que é acusado como autor do
homicídio, foi condenado a 22 anos em abril de 2013.
Do site Terra
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