Foto: Reprodução / Facebook
Beto Albuquerque (centro) é candidato a vice de Marina Silva
O deputado Beto Albuquerque (PSB), candidato a vice na chapa de Marina
Silva, deixou evidente nesta tarde, em Porto Alegre, o papel de destaque
que pretende assumir na corrida presidencial. Em coletiva de imprensa
organizada para tratar da alteração na coligação estadual - antes das
mudanças ele concorria ao Senado no Rio Grande do Sul -, Beto disparou
contra os adversários Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB), falou
sobre sua presença nos palanques em que Marina não cogita subir, disse
que vai assumir interinamente a coordenação de campanha no lugar de
Carlos Siqueira e fez uso de figuras de linguagem para defender “o
avanço do projeto de Eduardo Campos.”
Questionado sobre a vantagem de Dilma no pleito, Beto classificou o
governo da petista como um retrocesso em relação à gestão Lula em todas
as áreas. “O problema da Dilma não sou eu, é o governo dela, que tem PIB
em queda, corrupção na Petrobras e crise no setor energético”, disse,
ao responder a uma pergunta sobre se, por ser gaúcho, poderia melhorar a
performance de Marina no Estado onde Dilma apresenta larga margem de
preferência entre o eleitorado.
O gaúcho também não poupou o candidato tucano. “Nunca
tivemos palanque para o Aécio. Nunca rezamos a mesma cartilha. O
problema do Aécio é que ele está agarrado com o passado e o Brasil quer
coisa nova. Estamos fora da prática do suga-suga. O Aécio está longe de
ser o Eduardo Campos”, afirmou, em referência à análise feita por
tucanos após a morte de Campos, de que ele e Aécio seriam da mesma
escola política.
Beto
tentou relativizar as dificuldades de Marina com as alianças nos
Estados e com setores da economia, como o agronegócio, informou que
respeita os critérios da Rede sobre o perfil de doadores de campanha,
mas ressalvou que o PSB só proíbe seus quadros de “pegarem contribuições
ilícitas e ilegais.”
Em relação ao agronegócio, disse que a ‘ponte’ com o
setor foi feita por Campos e será mantida. “O agronegócio representa 5%
ou 6% do PIB do País. Isto, governo nenhum pode deixar de olhar.” Sobre
os palanques regionais, o vice assegurou que, naqueles onde Marina não
for, ele estará presente. “Estarei na campanha em São Paulo, no Paraná e
no Mato Grosso porque irei honrar nossos compromissos.”
Beto, conhecido por suas frases de efeito, se utilizou
de uma delas para falar da relação do governo Dilma com sua base. “O
Brasil não é uma quitanda onde você pode dar uma laranja para um, uma
banana para outro. Não dá para fatiar o País em troca de apoio
parlamentar.”
Do site Terra
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