
POR SÉRGIO RODAS OLIVEIRA
O candidato à presidência da República Aécio Neves (PSDB) declarou
nesta terça-feira (19) que o verdadeiro oponente de seu partido é o PT, e
não Marina Silva (PSB), cuja candidatura pode ser oficializada amanhã
(20).
“Tenho respeito pessoal pela Marina, ela terá oportunidade de
defender as ideias nas quais acredita e continuaremos apresentando as
nossas. (…) O nosso antagonismo continua sendo com o PT, que é o nosso
real adversário”, afirmou o tucano.
Em visita a Dourados (MS), Aécio voltou a criticar o aparelhamento
do Estado e a incapacidade de o governo petista estabelecer parcerias
com o setor privado, o que estaria levando o Brasil “a ter um dos piores
crescimentos na nossa região” e a uma alta taxa de inflação.
Ele também atacou os programas sociais do governo Dilma Rousseff:
“O PT optou por uma política social de administração da pobreza. Nós,
por outro lado, estamos apresentando propostas que buscam a superação da
pobreza”.
“Superministério da Agricultura”
Em um dos estados mais fortes do agronegócio, Aécio Neves voltou a
defender a criação de um “Superministério da Agricultura”, que, por sua
importância, “atuará no mesmo nível do Ministério da Fazenda” e terá
ligação com o Ministério da Infraestrutura, o qual o presidenciável
também prometeu estabelecer.
“Ou compreendemos de forma definitiva que o agronegócio é a
principal alavanca para o desenvolvimento econômico, mas também social
do país, ou vamos estar daqui a pouco, infelizmente, nos confrontando
com o crescimento negativo da nossa economia”, avaliou o ex-governador
de Minas Gerais.
Aécio também defendeu os direitos de comunidades indígenas
ameaçadas pelo agronegócio, e propôs que os estados tenham papel na
demarcação das áreas de proteção.
“Em casos de conflito iminente, temos que ter a responsabilidade de
avançar na direção da desapropriação de terras que hoje são ocupadas
por fazendeiros ou por produtores rurais. (…) E acho, inclusive, que os
estados podem participar na definição dessas áreas. Hoje, isso é uma
exclusividade da Funai e acho que precisamos colocar a Embrapa, pelo
conhecimento que tem, e também os Estados, para definição dessas áreas”,
disse o presidenciável.
Do site Terra
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