Açude do Apanha-Peixe retrata os prejuízos da estiagem – Foto Icém Caraúbas
A falta de chuvas tem implicado muitos prejuízos para o Rio Grande do
Norte. A cada semana, no município de Caraúbas, a seca se revela mais
severa. A vegetação é castigada pelo sol, açudes secaram e a terra está
rachada.
O maior açude de Caraúbas, o “Apanha-Peixe”, localizado no setor da
várzea, está seco. No lugar de água, lama e terra rachada. O cenário só
não é mais desolador devido à presença de dezenas de garças brancas
atraídas pelos peixes que ficam espalhados, por toda parte, sobre a
terra rachada. Um cenário desolador.
O açude do Apanha-Peixe tem capacidade para armazenar mais de 23
milhões de m³ de água e o último ano em que havia secado foi 2002. O
reservatório não recebe água há mais de dois anos, culminando com o
esgotamento do açude.
Solo rachado agora é parte da paisagem. Mas este não é um problema
restrito apenas ao açude do “Apanha-Peixe”. A maioria dos açudes e
barragens da região estão com suas reservas se esgotando.
Pescadores e agricultores lamentam a situação. “É desesperador ver
esse açude seco. Aqui, famílias vivem diretamente das riquezas
oferecidas por este reservatório. Muitos vivem da pesca, da agricultura,
da pecuária, entre outros meios de sobrevivência, que hoje estão apenas
nas lembranças de cada um que mora em volta do açude”, lamentou o
pescador Gentil Bezerra.
Moradores de mais de 25 comunidades, entre os municípios de Caraúbas,
Felipe Guerra e Apodi sobrevivem das riquezas oferecidas pelo Açude do
Apanha-Peixe. Os agricultores começaram o plantio de sorgo e trigo,
situação que nenhum dos moradores gostaria de ver, mas, não tendo outra
saída, deram início ao cultivo.
Do Jornal Gazeta do Oeste com informações do Icém Caraúbas
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