Foto: Nísia Digital

Pelo menos 90 presos foram identificados em interceptações de ligações
telefônicas autorizadas pela Justiça originadas da Penitenciária
Estadual de Alcaçuz, localizada em Nísia Floresta, informa o portal UOL.
Segundo o site, a informação foi repassada pelo juiz da 12ª Vara
Criminal de Natal, Henrique Baltazar Vilar dos Santos. O Portal ainda
informa que 40 presos foram citados nas gravações, mas ainda não tiveram
os apelidos associados aos nomes.
Os presos foram flagrados em conferências telefônicas com líderes do
Primeiro Comando da Capital (PCC) no Paraná. O UOL explica que nelas, os
detentos discutem questões financeiras e administrativas, ordens de
assassinatos e a contabilização do pagamento mensal da ‘cebola’,
mensalidade que as facções cobram dos presos.
De acordo com o magistrado, os presos usam telefone celular abertamente
em Alcaçuz por causa da superpopulação carcerária. Disse ainda que os
agentes penitenciários não entram nos pavilhões e que também não existem
agentes penitenciários suficientes, sendo sete por escala de serviço
para monitorar 1.100 presos.
De acordo com o juiz, quem entra em Alcaçuz é obrigado a pagar R$ 700
ao PCC. Para a Facção RN, a mensalidade é de R$ 400,00. "Todo preso é
obrigado a pagar e aqueles que não têm dinheiro as famílias têm de fazer
o pagamento. Quando não, ainda são obrigados a venderem quantidade
determinada de rifas com sorteios de acordo com a loteria federal. Esses
sorteios ocorrem para arrecadar os fundos que mantém as facções
criminosas ativas", disse Santos.
Segundo a reportagem, em Alcaçuz, existem duas facções que controlam o
presídio. O PCC e a Facção RN, que é um grupo local ligado à facção Al
Qaeda, da Paraíba.
Do Jornal de Fato
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