Mariana Fernandes foi diplomada em Luís Gomes – Foto Cedida
Quase 10% dos prefeitos eleitos no Rio Grande do Norte durante as
eleições de 2012 tiveram seus respectivos mandatos cassados pela Justiça
Eleitoral. Dos 167 prefeitos que venceram o pleito passado, 16 foram
cassados pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RN). Foram realizadas
eleições suplementares em oito dessas cidades. Em algumas, a situação
jurídica continua instável.
A maior cidade que passou por esse processo foi Mossoró, com a
cassação da prefeita eleita Cláudia Regina (DEM), por abuso de poder
econômico e compra de votos no pleito. No município, foi realizada a
eleição suplementar, que culminou com a vitória do então interino
Francisco José Júnior (PSD). Cláudia ainda tenta reverter a decisão no
Superior Tribunal Eleitoral (TSE), que deverá julgar seus recursos no
início de agosto.
Em Ipanguaçu, foi cassado o prefeito eleito pelo PT, Leonardo da
Silva Oliveira, pela prática de crimes eleitorais. Na eleição
suplementar, realizada no ano passado, foi eleito para o cargo Francisco
Geraldo de Paula Lopes, do mesmo partido que o prefeito cassado.
No município de Caiçara do Rio dos Ventos, o prefeito eleito
Francisco Edson Barbosa também foi cassado por ter cometido atos
ilícitos no processo eleitoral. Durante o pleito suplementar, foi eleita
para o cargo Conceição de Maria Gomes Lisboa Rocha, que exerce a função
atualmente.
Outra cassação ocorreu em Serra do Mel, cidade na qual Maria Lúcia de
Oliveira foi eleita prefeita e retirada do cargo pela Justiça, acusada
de crimes nas eleições. Assumiu o mandato, após vencer o pleito
suplementar, o prefeito Fábio Bezerra de Oliveira. O caso de Pedra
Grande, onde Marco Luiz Pereira foi cassado e venceu a eleição
suplementar Vlademir Valetim Soares Belchior.
No caso de Francisco Dantas, a situação ainda é instável. O prefeito
Gilson Dias (PTB) foi cassado pela Justiça Eleitoral. No pleito
suplementar, venceu a candidata Aparecida (DEM), mulher de Gilson, que
teve os votos anulados pelo Judiciário, sendo considerado o candidato
eleito Wandeilton Bezerra (PTB). No entanto, o registro de candidatura
dele foi questionado e o processo segue no Tribunal Superior Eleitoral
(TSE). A cidade é gerida atualmente pelo presidente da Câmara.
Eleições suplementares mais recentes foram em Luís Gomes e Carnaubais
As eleições suplementares mais recentes foram realizadas no dia 5 de
julho, nas cidades de Luís Gomes, onde foi cassado o prefeito Francisco
Tadeu Nunes (PPS) e eleita para o cargo a vereadora Mariana Fernandes
(PMDB), e Carnaubais, cidade na qual o prefeito Luiz Gonzaga Cavalcanti
perdeu o cargo e teve como substituto eleito Manoel Benevides Júnior
(PSB).
Também foram cassados por crimes eleitorais os prefeitos eleitos de
Fernando Pedrosa, José Renato da Silva; Caiçara do Norte, Alcides
Fernandes Barbosa; Ielmo Marinho, Bruno Patriota Medeiros; Baraúna,
Isoares Martins de Oliveira; Olho D’água do Borges, Breno Oliveira
Queiroga; Passagem, José Pereira Sobrinho; e Areia Branca, Luciana
Pedroso Bruno. No entanto, continuam no cargo aguardando julgamento de
recurso no TSE.
Na cidade de Itajá, o prefeito eleito Licélio Jackson Guimarães
também foi cassado, pelo menos motivo que os demais. Assumiu a chefia do
Executivo o presidente da Câmara, mas também foi afastado. Comanda a
prefeitura atualmente o primeiro secretário do Legislativo municipal.
De acordo com a assessoria de imprensa do TRE-RN, ainda não foram
marcadas eleições suplementares nos oito municípios em que a briga
judicial se encontra nas instâncias superiores. No entanto, frisou que
poderá realizar novos pleitos, dependendo das decisões que ainda serão
tomadas pelo TSE.
Do Jornal Gazeta do Oeste
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