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Ricardo Rímoli
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Agência Lance
O Grêmio foi excluído da Copa do Brasil nesta quarta-feira, em
julgamento realizado no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD),
em razão das ofensas racistas de parte de sua torcida contra o goleiro
Aranha, do Santos, em jogo disputado na última quinta, em Porto Alegre. A
decisão marca a primeira vez na história do futebol que um clube é
tirado de uma competição por causa de comportamento racista de seus
torcedores. Ainda cabe recurso da sentença ao Pleno do STJD.
O advogado do Grêmio no caso, Miguel Assef Filho, argumentou que não
poderia haver uma "caça às bruxas" utilizando o clube gaúcho como bode
expiatório, já que tirar o time da Copa do Brasil não acabaria com o
racismo. Argumentando que os autores das ofensas foram "apenas quatro
pessoas no meio de 30 mil torcedores", ele pediu a absolvição da equipe
tricolor.
Porém, os quatro membros do tribunal votaram a favor da
exclusão do clube do torneio, além de uma multa de R$ 50 mil. Já
o árbitro da partida, Wilton Pereira Sampaio, recebeu uma suspensão de
45 dias e R$ 800 de multa por não ter relatado nada sobre as ofensas
racistas contra Aranha na súmula original do jogo - apenas em um adendo
no dia seguinte. Os auxiliares Kleber Lúcio Gil, Carlos Berkenbrock e
Roger Goulart também foram suspensos, mas por 30 dias, e multados em R$
500.
Na partida da última quinta-feira, na Arena do Grêmio,
um grupo de torcedores tricolores atrás do gol do Santos começou a fazer
ofensas racistas contra o goleiro Aranha no segundo tempo, usando
termos como "macaco", "preto fedido" e imitando sons simiescos, de
acordo com o próprio jogador. Todos os torcedores que participaram do
episódio e foram identificados por imagens de TV estão proibidos de
frequentar estádios por 720 dias.
Do site Terra
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