Antes de ser ocupado pela polícia e por integrantes das Forças Armadas no último domingo (28), o Complexo do Alemão recebia cerca de 90% das drogas e guardava todo o dinheiro da principal facção criminosa do Rio de Janeiro, segundo fontes da Polícia Civil.
Além de ter amargado prejuízos de mais de R$ 300 milhões com a perda de drogas e centenas de armas, os chefões do grupo ficaram "descapitalizados" porque o dinheiro obtido com a venda dos entorpecentes ficou no Alemão.
De acordo com a polícia, a quadrilha tinha uma reserva de emergência de cerca de R$ 15 milhões da "caixinha", quantia que seria usada na reposição de armas e drogas perdidas. Nem mesmo esse dinheiro ficou com os bandidos.
Sem recursos, a facção não tem como pagar os fornecedores de armas e drogas, que já se recusam a enviar cocaína e maconha para o Rio de Janeiro.
Para um policial, isso pode significar um "derrame" de drogas em outras favelas do grupo e pode trazer ainda mais prejuízos já que os usuários poderão se dirigir a comunidades dominadas por quadrilhas rivais.
Como o Alemão ficou desde 2008 sem receber uma grande operação policial, os bandidos preferiam levar drogas para lá em grandes quantidades e, posteriormente, distribuí-las já embaladas e em pequenas cargas para os outros redutos do grupo, no chamado "tráfico formiguinha".
Com a "quebra" do Alemão, apenas duas favelas do grupo têm condições de ainda ter lucro com a venda de drogas: a Parque União, no complexo da Maré, e o morro do Fallet, no Rio Comprido, ambas na zona norte. Elas administram seus próprios recursos e concorrem para se tornar o novo "quartel-general" da facção.
Do site r7.com
qual sera a pròxima limpa da policia
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