Vídeo circula nas redes sociais (Foto: Reprodução/YouTube)
Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o filho da vice-prefeita
do município de Várzea, Cleide de Carvalho, e do ex-vice-prefeito de
Parnamirim, Epifânio Bezerra, rasgando uma nota de R$ 100. Eni Augusto
de Carvalho foi filmado em uma boate que fica em Natal e o vídeo foi publicado no YouTube. Vários outros vídeos com o rapaz estão publicados no Youtube, todos mostrando Eni ostentando com dinheiro e bebidas caras.
No vídeo, antes de rasgar a nota de R$ 100, o rapaz mostra a cédula
para quem está gravando e diz "bando de liso". No Nordeste, o termo
"liso" quer dizer pessoa sem dinheiro.
Em contato com a Inter TV Cabugi, Eni reconheceu que
“não deveria ter feito isso”, mas disse estar “em um momento de euforia
com os amigos”. Eni disse ainda que para manter o padrão de vida que tem
os pais trabalham das 7h às 22h.
Ao G1, Epifânio Bezerra, pai de Eni e ex-vice-prefeito
de Parnamirim, disse que não apoia a atitude do filho e que está
constrangido com a situação. "Eu não aprovo essa atitude dele. Tem uma
turma que fica com essas brincadeiras, cada um querendo aparecer mais do
que o outro. Ele é maior de idade, mas não foi essa a educação que
demos a ele. Sempre construí minha vida dentro da ética. Ele está
arrependido, não sabia que ia ter essa repercussão. Termina nos afetando
na parte emocional e social, sou pai e sei o que estou sentindo",
disse. O G1 tentou entrar em contato com a prefeitura
de Várzea por telefone, mas até a publicação desta reportagem, a
vice-prefeita Cleide de Carvalho não foi localizada.
O juiz Luiz Cândido Villaça, da vara Criminal de Caicó, diz que rasgar
dinheiro é crime. "O valor intríseco, que é o valor de face, imprenso no
papel moeda é de propriedade do particular. O papel, visto como objeto,
coisa, pertencente ao Estado e, portanto, quem rasga dinheiro, além de
praticar um ato de vandalismo e ofender o senso comum da sociedade,
ainda pratica o crime de dano qualificado, já que destrói patromônio
pertencente ao estado", disse. A pena é detenção de seis meses a três
anos e multa.
Em contato com o G1 a Polícia Federal informou que não foi comunicada oficialmente sobre o caso.
Em contato com o G1 a Polícia Federal informou que não foi comunicada oficialmente sobre o caso.
Fonte: G1 RN
Nenhum comentário:
Postar um comentário