domingo, 25 de maio de 2014

Mulher de dono da Telexfree vai ficar nos EUA até audiência, diz advogado

Sede da Telexfree em Vitória (Foto: Leandro Nossa/G1 ES) 
Sede da Telexfree em Vitória
(Foto: Leandro Nossa/ Arquivo G1 ES)
 
A brasileira Kátia Wanzeler, mulher do dono da Telexfree, o capixaba Carlos Wanzeler, deve permanecer no estado de Massachusetts, nos Estados Unidos, até que ocorra uma audiência sobre o caso da empresa, acusada pelas autoridades norte-americanas de pirâmide financeira, conforme informou o advogado do marido dela, Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay. Ela foi libertada nesta sexta-feira (23) por um juiz federal da cidade de Worcester, no estado de Massachusetts, após permanecer nove dias presa como "testemunha essencial". Ainda segundo Kakay, os passaportes de Kátia estão apreendidos.

Kátia Wanzeler foi presa no Aeroporto Internacional JFK, em Nova York, no dia 14 de maio, quando tentava embarcar para o Brasil. O advogado Kakay acredita que ela tenha sido presa apenas para não sair do país, já que não foi acusada de nenhum crime e não é investigada.

"No Brasil essa prisão não ocorreria. Ela tinha uma passagem de ida e outra de volta, ela iria retornar para os Estados Unidos. Eu entendo essa prisão apenas como uma forma de impedir que ela saísse dos EUA", disse.

O marido dela é considerado foragido pela Justiça norte-americana. Carlos Wanzeler  está no Espírito Santo, segundo Kakay, mas estaria impedido pelo advogado dos Estados Unidos de se manifestar sobre a situação. "Ele não vai comentar o caso com qualquer veículo de comunicação, não pode. Mas ele tem falado com a esposa desde sexta-feira, o que é natural", explicou Kakay.

Acusação
 
As autoridades norte-americanas concluíram que a Telexfree é uma pirâmide financeira. No dia 15 de abril, a promotoria denunciou a fraude e, no mesmo dia, agentes do FBI e do Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos cumpriram um mandado de busca na sede da empresa, na cidade de Marlborough.


Em um relatório de quase 50 páginas, as autoridades de Massachusetts, onde fica a sede da Telexfree, afirmam que a empresa montou um esquema ilegal de venda fraudulenta de títulos e pedem a abertura de uma ação judicial  para que sejam interrompidas as atividades da empresa e que os investidores sejam compensados por suas perdas.

Kakay veio a Vitória para reunião com Wanzeler (Foto: Reprodução/ TV Gazeta) 
Kakay veio a Vitória para reunião com Wanzeler
(Foto: Reprodução/ TV Gazeta)

Endereço entregue à Justiça
 
O advogado Kakay foi ao Espírito Santo, na última quarta-feira (21), e apresentou  uma petição com o endereço do cliente à Justiça. Ele reforçou que Wanzeler não é foragido no Brasil e que está à disposição do juíz.


Segundo o advogado, Wanzeler veio para o Espírito Santo, onde nasceu e possui residência. “Evidentemente, ele estando no Brasil, sendo brasileiro nato, vai responder no Brasil, nada mais natural. Um dos motivos pelos quais nós viemos aqui hoje é apresentar ao juiz onde está correndo o inquérito o endereço dele e dizer que ele está absolutamente à disposição do Ministério Público, da Polícia Federal e do Poder Judiciário. Já apresentamos ao juiz uma petição com essas informações”, disse Kakay.

Fonte: G1

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