Um padre de Santa Maria,
na Região Central do Rio Grande do Sul, registrou boletim de ocorrência
na tarde de quinta-feira (5) alegando ter sido vítima de um suposto
golpe. De acordo com a polícia, o pároco de 34 anos procurou a Brigada
Militar da rodoviária do município alegando ter sido enganado por um
vendedor. No entanto, após a polícia encontrar o suspeito, o padre
admitiu que o serviço contratado era um programa sexual. A paróquia
ainda não se manifestou sobre o caso. A Polícia Civil confirma a
ocorrência.
De acordo com o boletim de ocorrência, Éderson da Rosa Pereira procurou
o Posto da Estação Rodoviária para relatar que tinha comprado R$ 600 em
produtos de informática e que um homem veio de outra cidade para fazer a
entrega. O padre foi até a rodoviária buscá-lo e o ajudou a comprar a
passagem de retorno para Caxias do Sul,
na Serra. Logo depois, os dois teriam ido até a área central da cidade,
onde foi realizado o pagamento, de acordo com o relato do padre.
Segundo a ocorrência, o religioso contou à polícia que o suposto
vendedor disse que faria outras entregas e sumiu.
O padre retornou à Estação Rodoviária e confirmou que o homem trocou a passagem de Caxias do Sul para Porto Alegre.
Ao encontrar o suposto vendedor, a polícia levou os dois para prestar
esclarecimentos no posto da BM. No local, o padre admitiu que o serviço
contratado era um programa sexual, combinado pela internet.
Procurado pela RBS TV, o advogado do padre, Clândio Teixeira, afirma
que ainda não teve acesso à ocorrência policial. Em uma conversa
informal, o pároco afirmou que o golpe ocorreu em razão dos produtos de
informática e não mencionou o programa sexual.
De acordo com a polícia, o programa não foi consumado. O jovem, que
tem 26 anos, afirmou que não devolveria o dinheiro e o padre procurou,
então, a polícia.
Segundo o delegado da Polícia Civil Marcos Viana, uma reunião com o
advogado do pároco está marcada para a segunda-feira (9). No encontro,
ele pretende esclarecer os fatos. Ele afirma que o padre não responderá
por nenhum crime, nem mesmo falsa comunicação, já que o boletim foi
registrado com as informações verdadeiras.
"O jovem poderia responder por estelionato ou apropriação indepta. Mas,
em um primeiro momento, não há repercussão criminal. A não ser que uma
das partes tenha agido de má-fé", explicou o delegado ao G1. Conforme Viana, o jovem alega ter ficado sem sinal no telefone celular e teria se desencontrado do religioso.
Fonte: G1 RS
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