Policiais Civis do Rio Grande do Norte informaram nesta
quarta-feira, através do Sindicato dos Policiais Civis e Servidores da
Segurança Pública(Sinpol), que não irão às ruas a partir de quinta em
todo o Estado mediante as atuais condições de trabalho. Em contato com o
UOL Esporte, o presidente do sindicato, Djair
Oliveira, declarou que os policiais não têm equipamentos adequados e
suficientes para oferecer segurança durante a Copa do Mundo.
Serão feitas apenas as ações em que os recursos oferecidos aos civis estiverem perfeitas condições, diz Djair Oliveira.
"As balas são poucas e estão vencidas. E quando uma bala está velha,
ela pode não sair do revólver. O colete está vencido. A fibra não retém o
projétil. Os pneus das viaturas estão carecas. As viaturas não têm
licenciamento. Policial usa celular próprio. São tantas as coisas
erradas, mas o Governo finge que não vê", acusa o presidente do
Sindicato.
De acordo com Djair, os policiais civis vão ficar nas
delegacias e só irão para as ruas se receberem materiais adequados para
os serviços. A reivindicação é feita desde o ano passado, complementa o
sindicalista.
"A gente nada mais quer que seja estabelecido a
lei. Se nos entregarem quatro coletes novos, só quatro policiais vão
sair. Se entregarem duas viaturas novas, essas duas serão utilizadas. Os
policiais querem trabalhar com o mínimo de respeito, mas o Rio Grande
do Norte não tem a menor condição de atender a um evento grandioso como
uma Copa do Mundo".
Procurado pela reportagem, o Delegado Geral
da Polícia Civil, Adson Kepler, nega que a categoria irá interromper o
serviço e entende que o sindicato está exercendo pressão proposital
neste período de Copa. As atividades dos policiais civis serão cumpridas
normalmente, reforça o delegado Geral do Governo do Rio Grande do
Norte.
"Eles não vão fazer greve. Nâo acredite em tudo o que eles falam. Existe ação que prevê multa ao sindicato se isso acontecer".
Fonte: Uol
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