O deputado e candidato a vice-governador de SP,
Márcio França, antes de reunião do PSB em Brasília
(Foto: Filipe Matoso/G1)
Márcio França, antes de reunião do PSB em Brasília
(Foto: Filipe Matoso/G1)
O deputado federal Márcio França (SP), membro da Direção Nacional do
PSB e candidato a vice-governador de São Paulo em chapa com Geraldo
Alckmin (PSDB), afirmou nesta quarta-feira (20) que a ex-senadora Marina
Silva, é "candidata da Rede, com apoio do PSB". A declaração foi feita
antes da reunião de cúpula da legenda irá oficializar a candidatura dela
à Presidência tendo como vice o deputado Beto Albuquerque (RS).
A escolha de Marina e Albuquerque, articulada na última semana dentro
do PSB, se deu por causa da morte trágica do ex-governador Eduardo
Campos em acidente aéreo em Santos (SP). A Rede foi o partido fundado
por Marina Silva no ano passado, mas que não obteve registro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para disputar as eleições neste ano.
"Ela [Marina] é uma candidata da Rede com o apoio do PSB, e nós sempre
deixamos isso claro, desde o início. Não tem problema. O PSB incorporou
os militantes da Rede, faz parte, assim como não tem problema em ela
montar sua equipe de campanha com pessoas de sua confiança", disse
França.
Para o deputado federal, o foco de Marina Silva, após a oficialização
de sua candidatura, será o eleitorado pertencente à classe C. Na
avaliação do parlamentar, as classes A e B votam predominantemente no
candidato do PSDB ao Planalto, Aécio Neves, e as classes D e E na
presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT.
A jornalistas, França defendeu que Marina Silva utilize a imagem de
Eduardo Campos em suas propagandas eleitorais. Para o candidato a
vice-governador de São Paulo, o eleitor, de um modo geral, via em Campos
uma "terceira via", além de PT e PSDB.
"Os eleitores com quem converso têm dito que gostariam de ter
pesquisado mais sobre o Campos, ter conhecido melhor suas propostas.
Portanto, temos, claro, de ter a Marina nas nossas propagandas, afinal,
ela é a candidata a presidente, mas devemos continuar com a imagem do
Campos", disse.
Na avaliação de Márcio França, o eleitor de Marina Silva é "diferente"
do de Eduardo Campos e que a candidata deverá traçar estratégias para
garantir os votos do ex-governador de Pernambuco nas urnas.
Recente pesquisa Datafolha, divulgada na segunda (18) – a primeira após a morte de Campos –, apontou Marina Silva em segundo lugar na disputa pelo Palácio do Planalto com 21% das intenções de voto, empatada tecnicamente com o tucano Aécio Neves (20%) e atrás de Dilma Rousseff (36%). Em eventual segundo turno com a candidata petista, Marina teria 47% das intenções de voto, contra 43% de Dilma.
Recente pesquisa Datafolha, divulgada na segunda (18) – a primeira após a morte de Campos –, apontou Marina Silva em segundo lugar na disputa pelo Palácio do Planalto com 21% das intenções de voto, empatada tecnicamente com o tucano Aécio Neves (20%) e atrás de Dilma Rousseff (36%). Em eventual segundo turno com a candidata petista, Marina teria 47% das intenções de voto, contra 43% de Dilma.
Questionado sobre se houve "comoção" dos eleitores ao responder à
pesquisa, Márcio França disse que o eleitor não mistura sentimentos. "A
pesquisa não reporta comoção. A pesquisa retrata aquelas pessoas que
gostariam de votar na Marina. Não tem comoção envolvida nos números. O
eleitor não mistura", concluiu.
Do G1
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