Foto: Henrique Medeiros / Terra
Evento chega a sua sexta edição e aborda temas relacionados à internet como educação, varejo, imóveis e finanças
O usuário de internet está mudando. Este foi o mote do
Think with Google, evento da empresa americana realizado no Brasil que
aborda em sua sexta edição temas da internet relacionados à educação,
varejo, imóveis e finanças. Na rodada de palestras sobre varejo desta
quarta-feira, o presidente do Google Brasil, Fábio Coelho apontou
mudanças dos internautas ligadas ao consumo de conteúdo, como o vídeo.
“A gente tem um usuário cada vez mais transformado pela
tecnologia. E temos um país mudando”, disse Coelho, para uma palestra
repleta de profissionais da área de varejo e profissionais de agências
de marketing. “Quando a gente fala de mídia, falamos de vídeo. Nunca se
viu tanto vídeo como se vê hoje”, completou.
O discurso foi reforçado pela head de marketing e
consumer insights do Google, Maria Helena Marinho. Entre as mudanças
abordadas por Helena, a multitela (tablet, smartphone e TV de forma
simultânea) já é utilizada por 40 milhões de brasileiros, sendo que 30%
deles usam mais de um dispositivo móvel para concluir a compra.
Um dos motivos do crescimento para a executiva é que a
internet não é mais elitizada. “A internet não é mais uma coisa de
elite. Da população conectada, hoje a maioria é da classe”, disse
Helena, ao mostrar um crescimento que mostra 54% dos internautas
brasileiros são da Classe C. “O brasileiros está hiper conectado, ele
tem hiper mobilidade e consome hiper informação. Ele está hiper
entretido”.
A diretora de negócios da companhia americana, Claudia
Sciama realçou que as mudanças estão cada vez mais curtas, pois o “ciclo
de atualizações e inovações” está cada vez menor. Ela cita como exemplo
o crescimento de buscas durante a Copa do Mundo.
“A Copa do Mundo foi realmente muito boa, uma revolução
digital. A internet teve três vezes mais acesso no período. Teve site de
compras com pico de acesso maior que a Black Friday”, explica Claudia.
“Sim, está havendo uma mudança do internauta, mas não é uma
‘canibalização’”.
Empresas e consumo
Durante o evento, o Google ainda trouxe representantes de empresas para dar seus exemplos de como o cenário está mudando. Helissom Lemos, country manager do Mercado Livre, disse que as mudanças são positivas, em especial com as novas formas de dispositivo móveis. “Hoje, cerca de 30% dos nossos usuários de nossa plataforma vem de dispositivos móveis”, afirmou Lemos.
Durante o evento, o Google ainda trouxe representantes de empresas para dar seus exemplos de como o cenário está mudando. Helissom Lemos, country manager do Mercado Livre, disse que as mudanças são positivas, em especial com as novas formas de dispositivo móveis. “Hoje, cerca de 30% dos nossos usuários de nossa plataforma vem de dispositivos móveis”, afirmou Lemos.
Para Ilca Sierra, gerente de marketing do Magazine
Luiza, o uso do Youtube auxiliou na expansão de sua marca durante a
“Liquidação Fantástica”, promoção da empresa que acontece no começo de
todo ano. A companhia de varejo brasileiro conseguiu atrair internautas
para uma transmissão em tempo real via Youtube, mesmo com o seu site
fechado durante as vendas, que dão até 70% de desconto.
Foto: Henrique Medeiros / Terra
David Belle, professor da Wharton University e especialista em consumo
“Através da transmissão ao vivo, nós conseguimos mostrar
para os outros cinco mil municípios do Brasil como é a promoção em
lugares que não têm loja”, explicou Ilca. Ao todo, a empresa teve 5,1
milhões de reproduções no período de 14 horas de transmissão. No
entanto, Leo Cid Ferreira, CEO da Ad.Dialeto afirmou que ainda existe
tem um “problema de cultura” quando o assunto é a relação entre varejo e
internet. “O varejista ainda não acredita que consegue resultados com
três dias de campanha na internet”, disse o publicitário.
Em outra palestra, a diretora global de vendas do Google
Shopping, Shawn Salmon, afirmou que embora 80% dos usuários do Brasil
tenha smartphone hoje, ainda há o problema da qualidade do acesso.
Por fim, o professor da Wharton University especializado
em consumo, David Bell, ainda afirmou que o consumidor da internet vive
em uma “jornada” e que eles querem produtos tanto off-line (fora da
rede, no mundo físico), como online.
Do site Terra
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