6.ago.2014
- O ex-governador de Pernambuco e candidato à Presidência da República,
Eduardo Campos (PSB) participa de uma sabatina na CNA (Confederação da
Agricultura e Pecuária do Brasil)
A trágica morte do candidato do PSB à Presidência da República,
Eduardo Campos, nesta quarta-feira (13) causa um terremoto político
inédito na corrida presidencial e traz um grau de incerteza muito forte a
poucos dias do início da propaganda no rádio e TV, considerado o ponto
real de partida da campanha eleitoral.
Qualquer cálculo político
feito tão em cima dos eventos desta manhã tem uma grande chance de
cometer erros, mas é possível vislumbrar o cenário mais provável e
tentar imaginar alguns de seus desdobramentos.
Quando a ex-senadora Marina Silva decidiu se filiar ao PSB em
outubro do ano passado, o ex-governador de Pernambuco foi muito elogiado
pela inesperada manobra política, que reforçava a candidatura do
partido à Presidência.
Por outro lado trazia a possibilidade,
remota, de ser Marina a cabeça de chapa, já que ela disputara a
Presidência em 2010, tendo quase 20 milhões de votos. Nos primeiros
meses deste ano, as pesquisas eleitorais traziam vários cenários de
candidatos, incluindo Marina. Sempre com melhor desempenho do que
Campos.
Mas com o passar do tempo ficou claro que o candidato do
PSB seria mesmo Campos. Sua aposta era se apresentar como um candidato
alternativo à polarização PT X PSDB, que vem se repetindo nas eleições
presidenciais desde 1994, defender o que ele chamava de "nova política" e
aproveitar a presença de Marina para atrair eleitores que estiveram com
ela há quatro anos.
A aposta não estava funcionando. Campos
aparecia num distante terceiro lugar da corrida liderada pela presidente
Dilma Rousseff (PT) e pelo senador Aécio Neves, do PSDB.
Para
ser justo com ele, em 2010, Marina só cresceu na reta final da campanha e
talvez isso fizesse com que Campos mantivesse um discurso otimista
sobre suas chances de vencer.
Embora o bom senso muitas vezes
não prevaleça na política, o mais sensato agora seria o PSB lançar
Marina como candidata à Presidência. E possivelmente com mais chances de
chegar ao segundo turno do que Campos teria.
Do site Uol Notícias
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