quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Tragédia com Campos deve levar Marina à cabeça de chapa e torna eleição ainda mais incerta

6.ago.2014 - O ex-governador de Pernambuco e candidato à Presidência da República, Eduardo Campos (PSB) participa de uma sabatina na CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil)


A trágica morte do candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos, nesta quarta-feira (13) causa um terremoto político inédito na corrida presidencial e traz um grau de incerteza muito forte a poucos dias do início da propaganda no rádio e TV, considerado o ponto real de partida da campanha eleitoral.

Qualquer cálculo político feito tão em cima dos eventos desta manhã tem uma grande chance de cometer erros, mas é possível vislumbrar o cenário mais provável e tentar imaginar alguns de seus desdobramentos.

Quando a ex-senadora Marina Silva decidiu se filiar ao PSB em outubro do ano passado, o ex-governador de Pernambuco foi muito elogiado pela inesperada manobra política, que reforçava a candidatura do partido à Presidência.

Por outro lado trazia a possibilidade, remota, de ser Marina a cabeça de chapa, já que ela disputara a Presidência em 2010, tendo quase 20 milhões de votos. Nos primeiros meses deste ano, as pesquisas eleitorais traziam vários cenários de candidatos, incluindo Marina. Sempre com melhor desempenho do que Campos.

Mas com o passar do tempo ficou claro que o candidato do PSB seria mesmo Campos. Sua aposta era se apresentar como um candidato alternativo à polarização PT X PSDB, que vem se repetindo nas eleições presidenciais desde 1994, defender o que ele chamava de "nova política" e aproveitar a presença de Marina para atrair eleitores que estiveram com ela há quatro anos.

A aposta não estava funcionando. Campos aparecia num distante terceiro lugar da corrida liderada pela presidente Dilma Rousseff (PT) e pelo senador Aécio Neves, do PSDB.

Para ser justo com ele, em 2010, Marina só cresceu na reta final da campanha e talvez isso fizesse com que Campos mantivesse um discurso otimista sobre suas chances de vencer.
Embora o bom senso muitas vezes não prevaleça na política, o mais sensato agora seria o PSB lançar Marina como candidata à Presidência. E possivelmente com mais chances de chegar ao segundo turno do que Campos teria.

Do site Uol Notícias

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